Feira de Santana

Secretário Borges Júnior esclarece principais dúvidas da população sobre a requalificação do centro comercial

Entre alguns questionamentos enviados por internautas e ouvintes, o secretário fez esclarecimentos com relação a valores de boxes, como ficará o trânsito na área do projeto de requalificação e algumas questões administrativas.

21/01/2020 às 17h28, Por Rachel Pinto

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Acorda Cidade

O secretário municipal de trabalho, turismo e desenvolvimento econômico Antônio Carlos Borges Júnior, em entrevista ao Acorda Cidade, esclareceu as principais dúvidas dos ouvintes a respeito da requalificação do centro comercial de Feira de Santana e do empreendimento do Shopping Popular, que irá transferir os vendedores ambulantes do centro da cidade para a área do Centro de Abastecimento. A obra já está em fase de assinatura de contratos e a previsão é que nos próximos meses todos os ambulantes sejam relocados. Além disso, a prefeitura fará ações em diversas ruas e avenidas do centro da cidade, com o objetivo de oferecer mais mobilidade, segurança e conforto para a população.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

Entre alguns questionamentos enviados por internautas e ouvintes, o secretário fez esclarecimentos com relação a valores de boxes, como ficará o trânsito na área do projeto de requalificação e algumas questões administrativas. Confira a entrevista abaixo:

 

AC – A licitação para requalificar o Centro Comercial da cidade de Feira de Santana está marcada para fevereiro. Algumas pessoas já viram algumas imagens e não estão acreditando muito. Pela grandeza do que foi apresentado, em termos de Sales Barbosa, Marechal e outras avenidas. Na realidade, o que consiste a requalificação do centro de Feira de Santana?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Realmente o projeto Novo Centro é um projeto que vem mudar todo o perfil do centro da cidade, onde mais de 400 mil metros quadrados de vias qualificadas serão estruturadas, com mais de 100 mil metros de calçadas com piso intertravado. Piso intertravado é aquele piso que tem parecido com o do Farol da Barra, onde dá uma condição para o pedestre de ter uma estrutura mais urbanizada. Estaremos viabilizando na Rua Sales Barbosa, Marechal Deodoro, Rua Recife e Avenida Senhor dos Passos. A maior novidade é a Sales Barbosa, onde vai haver a volta da circulação de veículos. Estamos tocando também nossa posteação, fiação subterrânea, aproximadamente 300 postes e iremos plantar árvores no centro da cidade. A Sales Barbosa terá piso intertravado, será permitida a entrada de veículos principalmente os de serviço. Serão colocado bancos e também árvores. Estamos discutindo com alguns empresários também a possibilidade de que eles possam também participar efetivamente dessa requalificação e também melhorando a marquise das suas lojas e suas vitrines. Estamos buscando a Associação Comercial e CDL para serem os interlocutores dessas ações. Na Rua Marechal Deodoro aquele canteiro central sai e vai entrar uma estrutura de árvores e estacionamento zona azul em ângulo. A grande novidade nesse processo é da Rua Recife, que é da Euterpe até a Praça do Tropeiro. Ali será um grande calçadão e alargamento da calçada.

AC – Essa obra da requalificação vai acontecer com as lojas funcionando? A Rua Marechal Deodoro, por exemplo, é larga, mas a Rua Sales Barbosa não. Como será?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Estivemos com o Templan e solicitamos que analisassem essas questões de como poderia ser essa agilidade nessas obras e também a forma que seria estruturada. No primeiro momento, já que a licitação não aconteceu, foram colocado três turnos. Então essa obra terá os três turnos, vai terminar a partir das 22h em média. Temos que avançar a noite para que não traga tantos problemas para aquelas pessoas que estão comercializando. Entendemos também que tem ser feito de um lado e depois do outro, de forma que precisamos fazer uma logística muito forte para que a gente possa dar um andamento a um projeto maior que é a da cidade. Mas, sabemos eu tem que haver alguns sacrifícios para as pessoas. Agora, é necessário também que o próprio lojista faça suas melhorias. Temos que chamar as concessionarias de fiação de internet, Coelba e a Embasa precisam intervir nesse processo. É um projeto tão audacioso, tão forte, tão impactante que é necessário todo mundo sentar, discutir a forma de agir, a forma de ação compartilhada, para que a gente possa ter a celeridade eficiência e resultado.

AC – Como vai ficar a poluição dos veículos trafegando pela Rua Sales Barbosa?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Sobre a poluição, nós estamos pensando dentro do que foi pré-estabelecido, é que só os carros de serviço adentrarão no primeiro momento na Sales Barbosa e não todos os carros. Lixo, Coelba e carros de serviço. Nós tivemos o problema do Edifício Sarkis e tivemos que retirar 60 barracas para poder o carro da Coelba entrar para desligar um transformador. Então, foi o maior conflito para entrar um veículo para prestar um serviço a própria comunidade. É necessário que essas vias estejam bem amplas com capacidade das pessoas transitarem, porque trafegam idosos, deficientes e cadeirantes. Estamos dando acessibilidade com essa nova estrutura porque não existe hoje.

AC – Hoje a Senhor dos Passos tem 4 faixas. O secretário afirmou que vai passar a ter 5 faixas e ampliar as calçadas. Será que essas medições são corretas?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Em relação as faixas, são 5 faixas atualmente. Uma para o ônibus e três faixas para automóveis e o estacionamento. Nós vamos diminuir uma faixa, vai ficar com 4 faixas, uma para estacionamento, duas para veículos e uma para ônibus. Com isso, as calçadas se alargam para dar prioridade ao pedestre e nessa que está se alargando é que vai ser feita a ciclovia. A ciclovia vai ficar do lado da CeA que sai ali do lado direito de quem vem do Nordestino. Na verdade, a zona azul vai ser um instrumento forte porque tem muita gente indo para o centro da cidade.

AC – As obras do centro de abastecimento estarão prontas até junho?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – O shopping popular é uma parceria publico-privada e nós começamos esse projeto em 2013, onde houve várias audiências públicas com comerciantes, ambulantes e Câmara de Vereadores. Estamos aí na fase de assinatura de contrato. São aí 30% dos contratos assinados. Essa fase é de assinatura, reconhecimento do local e definição do cidadão do box se vai colocar a dimensão, como vai funcionar. Nossa perspectiva é que agora em fevereiro daremos o Start para que eles possam se instalar. Nós estamos com plano de ação até o dia 15 como assinatura de contrato. Dia 15 até o dia 30 faremos adequações necessárias. Teremos aí o começo dia 1 de fevereiro. A viabilização da transição da ida dos ambulantes para o centro comercial popular. Será a maior obra do Norte-Nordeste, onde num centro comercial popular estamos dando ao ambulante, estacionamento, mais de 80 banheiros, toda estrutura contra incêndio, segurança e acessibilidade. Tudo em torno terá melhorias viárias. A Superintendência Municipal de Transporte (SMT) está com o projeto sendo viabilizado e a Secretaria de Desenvolvimento Urbano também está fazendo ações por parte da prefeitura. É uma coisa mais estruturada, pensada, está há muito tempo sendo articulada e estamos aí só aguardando algumas licitações. Agora no dia 28 tem a do asfaltamento para que a gente possa dar um banho de asfalto no entorno e dentro do centro de abastecimento.

AC – A informação de que o ambulante vai pagar 80 reais no metro quadrado, procede?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – O valor de 80 reais foi o preço licitado em 2014, onde cada barraca na Rua da Sales Barbosa, por exemplo, tem um metro e meio. Se o ambulante escolher um metro e meio ele vai pagar 120 reais por mês ao consorcio. Se ele escolher três metros, ele vai pagar 240, se ele escolher 5 metros, ele vai pagar 400 reais. Quem define o tamanho do box, é o ambulante. Ele vai definir em cima da capacidade financeira. Como é um tipo de atividade que as pessoas querem prosperar e crescer, a maioria escolheu 3 metros e 5 metros. Mas se ele escolhe um metro e meio, que ele tem na rua, ele pagaria 120 reais. Então, nós fizemos isso pautado das informações da época em 2014 e com valores que são pagos na rua. Nós temos como base o que já era pago na rua, não tem ninguém de graça. A pessoa vai fechar o seu box, vai embora e não tem preocupação de levar seu material para lugar nenhum, está garantido lá com segurança, estacionamento e banheiros. Então a infraestrutura que está sendo colocada para o ambulante está trazendo comodidade, prosperidade e condição de crescimento.

AC – o projeto de requalificação vai passar pela Praça dos Sapateiros?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Existem vários projetos para aquela praça dos sapateiros. Nós temos em mente uma solução que está sendo conversada com o prefeito Colbert. A gente está tentando fazer da Rua Marechal Deodoro, a Rua das Flores, onde nós iriamos criar ali vários quiosques para colocar os floristas que estão na Olímpio Vital e criar ali uma rua diferenciada. Os sapateiros iriam para o local onde estão os floristas. Essa é a ideia, mas ainda vai passar por uma decisão do prefeito Colbert. Estou dizendo que é uma ideia, não tem nada definido 100%, mas é uma proposta.

AC – Como vai ficar a situação do resto do pessoal que não ficar no shopping popular já que tem mais ambulantes do que vagas?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Nós cadastramos todas as barracas fixas. Acontece as vezes que a pessoa que está cadastrada vendeu a barraca da rua, foi pro shopping e alguém comprou a barraca que vai ter que sair. Tem alguns casos que a gente está mapeando e identificamos pessoas que utilizaram desses artifícios. Que se cadastraram no shopping, sabendo que vão pro shopping, venderam a barraca da rua e o cidadão que comprou ficou a ver navios. As barracas que foram cadastradas são barracas fixas, aquelas que estão presas no chão. Não fizemos nenhuma ação em cima de carro de mão. Então esses ambulantes tem outro tratamento. O feirante de verdura também tem outro tratamento. Por exemplo, o feirante da Rua Marechal Deodoro, estaremos levando para o Centro de Abastecimento para o galpão de verduras e para o galpão de ferragens que estão vazios. Nós temos a opção de dar a eles essa condição. Nos reunimos com alguns deles, dizendo que as 50 barracas itinerantes que está sendo viabilizadas, como também as feiras dos bairros. Quem quiser ir para os bairros também tem essa opção. Nós entendemos que é uma ação e que cada momento vai ter um tempo para ser executada. Estamos na etapa de barracas fixas e depois para a etapa de feirantes. É uma quantidade muito menor, mas que precisa de uma alternativa viável, econômica e de inclusão.

AC – Como ficarão os cadeirantes na questão da mobilidade?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Nós colocamos um elevador dentro do próprio Mercado de Arte Popular para dar acessibilidade ao primeiro andar e ao auditório. Na hora que foi colocada a grade ficou impedindo a pessoa de entrar. Mas, a gente está com esse projeto de requalificação dando acessibilidade nas praças Bernandino Bahia, Fróes da Mota e ali do centro.

AC – Esses banheiros do shopping popular serão cobrados?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – Sim. O banheiro já é cobrado no Centro de Abastecimento. Existem os banheiros públicos e os banheiros cobrados. Então o do Shopping Popular também será cobrado, mas estacionamento não.

AC – Como faz para alugar o ponto?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – A prefeitura tem 9000 mil metros quadrados dentro da PPP, onde a gente disponibilizou para os ambulantes. Mas existem 5 mil metros quadros que são da empresa Feira Shopping Popular e ela pode fazer o que ela achar. Pode colocar parque de diversão, pula-pula, vender a mais ambulantes.

AC – O Beco da Energia passará por requalificação?

Secretário Antônio Carlos Borges Júnior – O centro todo passa por essa requalificação. Nós criamos uma prioridade que é Marechal, Sales Barbosa, Rua Recife, Barão do Rio Branco e Avenida Senhor dos Passos que são centrais e que exigem uma obra estruturante.

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