Professores e pais protestam contra situação da educação em Feira de Santana: 'Não tem nada'

^{Rachel Pinto}

Atualizada em 30.03.22 às 9h30

Pais, professores e também alunos da rede municipal protestaram na manhã desta terça-feira (29) na Câmara Municipal e também na Prefeitura contra as atuais condições da educação em Feira de Santana. Com vários cartazes eles denunciaram sobre a falta de estrutura de escolas, falta de funcionários, merenda e também pediram a garantia de direitos.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Cinara Rodrigues, mãe de aluno da Escola Municipal Raul Ribeiro, na localidade rural de Água Grande disse ao Acorda Cidade que está faltando tudo no local. Ela considerou a situação como precária.
“Precisa de água, ventilação, cadeira e professores”, afirmou.

Meire Ferreira da Silva que também participou do protesto e é moradora da comunidade de Pé de Serra no distrito de Maria Quitéria, relatou que tem um filho estudando na Escola Municipal Deocleciano Martins da Silva e que mesmo a secretaria orientando o retorno às aulas, a unidade não tem condições nenhuma de receber alunos.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“A escola nunca foi reformada. Falta professor, salas, quadro, ventilador e bebedouro. Queremos melhorias porque não tem nenhuma estrutura para os estudantes”, lamentou.

Luciene Silva da Costa, que também é mãe de aluno da Escola Deocleciano, confirmou sobre a falta de estrutura do local e avaliou que tudo está jogado ‘às traças’. 

“Estamos com nossos filhos sem poder estudar. A escola não tem nada”, comentou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Drielly Rodrigues, outra mãe de aluno da mesma escola, acrescentou que os moradores estão lutando pelos direito dos filhos terem uma educação de qualidade. De acordo com ela, as escolas da zona rural, assim como algumas da sede encontram-se em estado deplorável e são uma vergonha para a gestão municipal.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“As crianças na idade de estudarem e não têm o prazer de saber o que é uma sala de aula. Estamos aqui buscando melhorias para elas porque infelizmente não têm nada”, encerrou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Na última sexta-feira (25), durante assembleia da categoria os professores aprovaram indicativo de greve a partir de quinta-feira (31), caso não tenham um diálogo com o governo municipal e uma negociação da pauta de reivindicações.

Ao Acorda Cidade, a secretária de Educação Anaci Bispo Paim, informou que os estudantes da Escola Municipal Deocleciano Martins da Silva, estão estudando em um prédio alugado, até que a construção da sede da escola esteja 100% concluída.

"A Escola Municipal Deocleciano, ela assim como outras, estavam em processo de aguardo dos projetos complementares para uma licitação. Esse quadro eu encontrei logo ao chegar na secretaria e reunimos todas essas, como por exemplo, a Diva Matos Portela, a Eurico Franco, várias outras para fazer um processo de regime diferenciado que contempla os projetos complementares. Foi aberto o processo, e a empresa que ganhou a licitação teve inclusive conosco no dia de ontem, e são seis obras de grande porte que nós vamos estar fazendo. Em decorrência da preparação desta licitação, os alunos da Deocleciano já mudaram para um prédio alugado na praça da comunidade, eles já estão nesta praça, eles não estão no prédio que sofrerá uma reforma, que inclusive será uma reforma de grande porte. Serão ampliadas as salas, o prédio tem dois pavimentos térreo e superior, terá áreas administrativas como sala de professor, sala de direção e sala de secretaria, terá uma sala de recursos, uma cozinha totalmente nova com refeitório, e as salas de aula para as atividades letivas, uma área também de recreação. A escola com certeza irá ter um novo perfil arquitetônico e esse processo já está com a licitação encerrada, a empresa tem dois meses para fechar o projeto e logo em seguida dar início a construção", informou.

 

Matéria atualizada para incluir retorno da Secretaria Municipal de Educação.

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

 

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