Prefeito diz que vai ouvir todas as propostas sobre funcionamento do comércio antes de tomar uma decisão

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Está marcada para às 14h desta sexta-feira (27) a reunião entre o prefeito Colbert Martins da Silva Filho, empresários e representantes do comércio de Feira de Santana que vai definir sobre a continuidade ou não do fechamento do comércio. Ao Acorda Cidade, nesta manhã, o prefeito não quis adiantar os rumos da reunião, mas disse que vai ouvir as propostas que forem apresentadas.

“Não posso adiantar nada, pois a decisão não é minha como prefeito e nem como médico. Vamos ouvir todas as propostas, que serão discutidas e vamos analisar todas as questões”, afirmou.

O prefeito ainda comentou sobre um áudio que circula nas redes sociais, no qual o Presidente das Associações do Estado da Bahia, Clovis Cedraz, propõe que o comércio de Feira reabra na segunda-feira (30), porém em um horário reduzido, das 9h às 14h. “Ele deve nos apresentar essa proposta e também vamos analisar”, disse Colbert.

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Colbert destaca que assim como a decisão inicial de fechamento do comércio por nove dias, essa nova reunião também vai se basear na opinião de todos os envolvidos. Ele ressaltou a importância de pensar na vida das pessoas e disse que está pronto para dar seguimento a uma decisão importante.

“Todas essas decisões foram conjuntas e com o intuito de preservarmos o maior número possível de vidas. Essa é a nossa ideia e vamos persistir, entendendo que a vida é o maior bem que a gente tem e tem que ser preservada. O número de casos em Feira reduziu porque nós tomamos todas as medidas absolutamente necessárias de serem tomadas e foi no momento certo. Por isso Feira, uma cidade com 600 mil habitantes, está com muito menos casos. Estamos fazendo o que precisamos fazer e dentro da melhor maneira”, afirmou.

Ao Acorda Cidade o prefeito destacou a importância de analisar o gráfico de crescimento da Covid-19 em Feira de Santana antes de tomar qualquer decisão. Ele afirma que essa semana aumentou muito o número de infectados em toda a Bahia e que na próxima semana ainda deve ser pior.

“Temos que analisar a situação de Feira de Santana e fazer o que for melhor pela cidade. Temos que ver como vamos nos comportar nesse momento de aumento do número de casos e também da circulação do vírus”, afirmou.

Sobre as dificuldades econômicas que o município está enfrentando e enfrentará nos próximos meses, Colbert Martins disse reconhecer, mas analisou que quem tem que tomar conta dessa situação é governo federal.

“A Câmara Federal colocou ontem 600 reais para trabalhadores informais, durante esse período de epidemia, e esse é um passo. As empresas devem receber recursos federais para poder ter fôlego e enfrentar essa crise. Além disso, deve alongar todos os prazos com relação ao pagamento das dívidas. Essas ações são de nível federal e acho que temos que olhar com calma esse aumento de casos e o prenúncio do aparecimento de mortes”, analisou.

O prefeito Colbert mais uma vez alertou que essa semana que vem pode aumentar muito o número de casos de coronavírus em Feira de Santana e pediu que a população colabore, ficando em casa. Ele frisou que a melhor maneira de evitar a circulação do vírus é as pessoas não circularem em espaço público.

Presidente da Associação Comercial defende flexibilização

O presidente da Associação Comercial de Feira de Santana, Marcelo Alexandrino, afirmou que um grupo grande de pessoas está buscando auxiliar o prefeito neste momento. Ele avalia que é um momento delicado e diz que é importante ter várias cabeças pensantes, já que não existe ainda uma decisão 100% tomada. Alexandrino disse ainda que defende uma flexibilização na questão do fechamento do comércio, pois a economia respirar. 

“Não é abrir o comércio de forma indiscriminada, sem nenhum controle. Muito pelo contrário, a gente precisa manter o controle, a pandemia está aí, é a realidade, não é uma brincadeira e precisa manter os controles e precisa ter todas essas restrições, mas precisamos começar a ter a abertura do comércio para oxigenar a economia, porque se não, não vamos ter como pagar os salários dos funcionários e consequentemente isso vai gerar uma crise muito pior do que o próprio coronavírus. Teremos uma reunião hoje de manhã com uma entidade empresariais para a gente discutir o assunto e levar ideias que serão discutidas hoje a tarde e consequentemente o prefeito deve anunciar a decisão dele”, informou.