'Nesse momento não vamos aprovar', diz Fernando Torres sobre empréstimo de R$ 246 mi pela prefeitura

O presidente da Câmara de Vereadores de Feira de Santana, Fernando Torres, declarou nesta quinta-feira (19) que os parlamentares ainda estão analisando o pedido de autorização para empréstimo pelo poder executivo, no valor de R$ 246 milhões. O recurso, segundo o prefeito Colbert Martins, é para ser investido em obras de infraestrutura, drenagem e a construção de dois novos viadutos em Feira de Santana.

Em entrevista ao Acorda Cidade, Fernando Torres disse que a Câmara irá dialogar com a prefeitura sobre o assunto, uma vez que possui três grandes obras em andamento, realizadas a partir de outros empréstimos tomados em instituições financeiras.

“Nós vamos analisar. A prefeitura já tomou dinheiro para fazer o BRT, o Projeto Novo Centro, e outras obras de Feira de Santana, e ainda não finalizou. Vamos conversar com a prefeitura, seja o prefeito ou o secretário de Finanças, para que possamos analisar se nesse momento é viável ou não tomar esse financiamento. Inicialmente, eu vejo que sem a prefeitura terminar as outras obras, não deve. Mas, claro que vamos conversar e ver o que é melhor para o povo de Feira de Santana”, afirmou o parlamentar.

Fernando Torres garantiu que irá debater com os vereadores de governo, de oposição e dos aliados, para ver se a prefeitura tem necessidade ou não de fazer esse financiamento, pois, na opinião dele, primeiro a prefeitura tem que terminar os grandes projetos que começou.

“A prefeitura tomou o dinheiro para fazer o BRT, que é uma obra de R$ 130 milhões e se não me engano a prefeitura tomou quase R$ 100 milhões, e o Projeto Novo Centro, que até o momento não finalizou a obra. Nesse momento não vamos aprovar, mas isso não quer dizer que mais adiante não vamos poder votar favorável. Nós sabemos que um empréstimo desse vai trazer desenvolvimento para Feira, emprego e renda, recursos, mas sabemos também que quando toma o dinheiro tem que pagar. E tem que finalizar também o Shopping Popular, que até hoje está esse imbróglio entre os comerciantes, a pessoa que se diz dona do shopping e a prefeitura. Então tem que finalizar esses três grandes projetos devido a financiamentos que tomou em bancos brasileiros e estrangeiros”, justificou Torres.

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.