Feira de Santana

Moradores do bairro Subaé reclamam de forte mau cheiro provocado por fábrica de pneus

Ao Acorda Cidade, o chefe de Educação da Semmam, João Dias, explicou que toda fumaça tóxica é prejudicial para o ser humano e que as empresas que geram este tipo de fumaça, devem ter um filtro para que não agrida o meio ambiente.

29/03/2022 às 14h15, Por Gabriel Gonçalves

Compartilhe essa notícia

Gabriel Gonçalves

Atualizada às 16h33

Os moradores do bairro Subaé em Feira de Santana, entraram em contato com a produção do Acorda Cidade, para reclamarem sobre o forte mau cheiro provocado supostamente por uma fábrica de pneus localizada às margens da BR-324, causando incômodo para a região há cerca de seis meses.

Ao Acorda Cidade, a moradora Claudiane Souza Nery, informou que a situação está prejudicando a saúde de muitas pessoas, principalmente quem sofre com problemas respiratórios.

"Esse cheiro vem dessa fábrica, uma fumaça que incomoda a nossa população durante o dia, durante a noite, eu mesmo tenho problemas respiratórios, existem crianças recém-nascidas, idosos, então está insuportável conviver aqui no bairro dessa forma. Estamos de mãos atadas porque não sabemos mais o que fazer, estamos em busca de uma saída para resolver este problema. Comecei a publicar os vídeos nas redes sociais como forma de chegar até o Acorda Cidade e desde já agradeço pelo espaço, mas a gente também precisa ser ouvido pela Secretaria de Meio Ambiente, estamos pedindo socorro para isso", lamentou.

De acordo com Claudiane, o forte cheiro é de borracha sendo queimada.

"O que a gente sente aqui no bairro, é o cheiro forte de borracha sendo queimada, mas também já me informaram que eles queimam casca de coco, mas isso eu não tenho certeza. Já estamos sofrendo com isso há quase seis meses, e de um período para cá, ficou mais forte e a gente não consegue dormir, porque tem o cheiro, tem a fumaça, tudo prejudicando aqui a comunidade", contou.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Sales de Jesus, também morador do bairro Subaé, informou à reportagem do Acorda Cidade, que reside com uma senhora de idade, e a mesma está sofrendo com problemas respiratórios.

"Estamos sofrendo com esta situação, tanto física, quanto emocional. Precisamos do apoio da Secretaria de Meio Ambiente, precisamos deste apoio da imprensa, eu mesmo moro com uma senhora de idade, e ela sofre com tudo isso, é muito prejudicial", disse.

Ao Acorda Cidade, o chefe de Educação da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semmam), João Dias, explicou que toda fumaça tóxica é prejudicial para o ser humano e explicou que as empresas que geram este tipo de fumaça, devem ter um filtro para que não agrida o meio ambiente.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

"Essa fumaça é prejudicial porque no processo de queima, são gerado vários gases tóxicos e os seres humanos não podem respirar ou aspirar estes gases, sem que os mesmos passem por um tipo de filtro especial. Nós ainda não temos conhecimento sobre esta fumaça, mas vale ressaltar que caso esteja havendo poluição na região de Feira de Santana, os órgãos ambientais, como a Secretaria de Meio Ambiente e o Inema, devem ser notificados para que a gente procure a onstituição que está produzindo, para que seja feita uma verificação nos filtros após o processo de queima dos pneus, porque a partir do momento em que se queima qualquer substância, a empresa deve ter um processo de filtragem e precisamos averiguar, se estes estão adequados", explicou.

Ainda de acordo com João Dias, o último monitoramento do ar em Feira de Santana, foi realizado em 2019.

"Feira de Santana fez o monitoramento do ar no ano de 2017 e no ano de 2019. A gente sabe que não é um serviço barato, e estávamos na programação de fazer um novo monitoramento, mas surgiu a pandemia e com isso, diminuiu o fluxo de veículos na cidade, diminuiu os serviços nas fábricas, e por isso, o monitoramento não foi realizado, mas pretendemos fazer ainda este ano", informou.

Em caso de denúncias, o chefe de Educação João Dias, explicou que as pessoas devem entrar em contato através do 156.

"As pessoas podem entrar em contato através do 156, que é a nossa central e qualquer denúncia realizada com relação ao Meio Ambiente, essa reclamação é direcionada para a nossa secretaria, para que todas as providências sejam tomadas. As consequências para este tipo de reclamação, são com base na Lei Federal, Lei Municipal que vai depender da gravidade do caso, como uma notificação, e até mesmo punição", concluiu.

O Acorda Cidade entrou em contato com a direção da empresa Pirelli e empresa enviou a seguinte nota:

"A Pirelli não dispõe de dados para confirmar que a fumaça, conforme citado na entrevista, que tem sido observada pelos moradores locais, seja proveniente da fábrica em Feira de Santana, mas a unidade fabril produz vapor d’água, resultante do processo de geração de energia.".

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

 

Siga o Acorda Cidade no Google Notícias e receba os principais destaques do dia

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade