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Gaeco apreende mais de R$ 1,6 milhão em casa durante operação que apura desvios na Cohab

Notas estavam em uma mala e também em gavetas.

17/12/2019 às 20h25, Por Andrea Trindade

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A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrada nesta terça-feira (17) para apurar desvios de dinheiro público na Companhia de Habitação de Bauru (Cohab) apreendeu mais de R$ 1,6 milhão em um dos 14 endereços onde foram cumpridos mandados de busca e apreensão.

Segundo o Gaeco todo esse valor foi depositado em juízo e estava na casa do presidente da Cohab, Edson Gasparini Júnior. A maior quantidade de reais estava dentro de uma mala e em blocos com notas de R$ 100. Também foram encontradas notas em gavetas da casa e foram apreendidos 30 mil em notas de dólares, euros e libras.

Em nota, a prefeitura de Bauru informou que o atual presidente Edson Gasparini Júnior solicitou seu afastamento da presidência para que as investigações possam ocorrer sem qualquer interferência e com total transparência a fim de apuração de todos os fatos. O governo municipal informou também que acatou o afastamento, porém a decisão final é de competência do Conselho de Administração da Cohab. A reportagem tenta falar com Edson Gasparini.

A operação recebeu o nome de João de Barro e foi realizada pelo Ministério Público, com apoio da Polícia Federal e da Polícia Militar. O objetivo foi apreender aparelhos celulares, computadores e documentos que possam servir de objeto de investigação para tanto foram cumpridos mandados de busca em 14 residências de representantes, sócios e construtoras da Cohab, sendo 10 em Bauru, dois em Marília, um em Arealva e um em Brasília.

Foto: Arquivo Pessoal

Suspeita de desvios

A investigação começou em outubro do ano passado, quando foram analisados quatro acordos firmados pela Cohab Bauru junto a construtoras no âmbito de processos judiciais. A investigação também analisou o patrimônio das pessoas relacionadas à companhia.

Com essa operação foi possível constatar, segundo o Gaeco, posturas suspeitas e prejudiciais à Cohab, como a dação de imóvel milionário para quitar uma dívida que representa somente em torno de 10% do valor do bem, realização de acordos à revelia dos patronos contratados para a causa, pagamentos antecipados, antes mesmo da formalização de acordos, e omissão deliberada na compensação da dívida que duas dessas construtoras tinham com a Cohab.

Fonte: G1
 

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