Funcionários do Samu denunciam cortes de benefícios e sucateamento de ambulâncias

^{Laiane Cruz}

Familiares de funcionários do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) de Feira de Santana denunciaram que os profissionais estão atuando no município em péssimas condições de trabalho.

Segundo eles, faltam materiais de trabalho, manutenção em ambulâncias e o número de profissionais também está reduzido. Atualmente o órgão possui 11 veículos, para atender uma população de mais de 700 mil habitantes, sendo apenas duas Unidades de Suporte Avançado (USAs – ambulâncias com UTI móvel).

Além disso, os veículos são usados em forma de rodízio.

“São 11 ambulâncias, sendo quatro básicas e uma USA para serem usadas à noite, e cinco básicas e uma USA durante o dia. Exceto às terça durante o dia quando rodam duas USAs e às quartas, que tem duas USAS 24 horas”, informou um funcionário. As USAs (Unidade de Suporte Avançado) são as ambulâncias com UTIs móveis.

A esposa de um servidor que preferiu não se identificar, declarou que a Secretaria de Saúde cortou o ticket-alimentação dos funcionários. Além disso, durante a pandemia foram cortadas as gratificações e faltam materiais para atendimento aos pacientes.

“Vocês precisam ir ao Samu e ver a situação que está lá: sem água para beber, sem material de higiene, sem materiais para higienizar as ambulâncias, sem materiais para atender os pacientes”, informou.

Em entrevista ao Acorda Cidade, o secretário de saúde de Feira de Santana, Marcelo Britto, informou que os veículos utilizados pelo Samu têm um tempo de vida útil e os carros atuais foram adquiridos antes da sua gestão.

“Não sei há quanto essas ambulâncias rodam, mas assim que elas chegam no tempo limite, são substituídas. Com relação a denúncia de falta de produtos, como materiais de limpeza, de vez em quando são compras que a secretaria faz e que o próprio Samu também tem que fazer também, e de tempos em tempos há atrasos por parte do fornecedor e o processo licitatório demora mais que o esperado. Isso são percalços normais dentro da administração pública. Na área privada isso normalmente não acontece”, justificou.

Ele destacou que as compras de materiais feitas pela Secretaria de Saúde são todas feitas por meio de licitação e salientou que iria entrar em contato com a direção para se atualizar de todos os problemas apontados pelos funcionários.

 

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