Filarmônica 25 de Março

Filarmônica 25 de Março obtém conquistas nos dois projetos realizados pela internet

Iniciado em 1º de janeiro e concluído agora em 15 de abril, o Banda Digital foi realizado com o apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria de Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

16/04/2021 às 15h46, Por Laiane Cruz

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A grandeza, a poesia e a importância histórica e cultural das filarmônicas estiveram em evidência, de forma sistemática, durante mais de três meses seguidos, no espaço livre e universal da internet. Foi nos projetos Banda Digital e Conexão 25 em Banda Larga, promovidos pela Sociedade Filarmônica 25 de Março, de Feira de Santana, uma das mais antigas filarmônicas da Bahia.

Iniciado em 1º de janeiro e concluído agora em 15 de abril, o Banda Digital foi realizado com o apoio financeiro da Prefeitura de Feira de Santana através da Secretaria Municipal de Cultura, Esporte e Lazer, via Lei Aldir Blanc, direcionado pela Secretaria de Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Durante este período, a 25 de Março mobilizou 18 músicos de sua filarmônica para os ensaios, a execução e a gravação de quatro músicas para filarmônica: o Hino à Feira, de Georgina Erismann; o Hymno de Feira de Santana, de Tranquilino Bastos; a marcha fúnebre Lágrimas, do maestro Estevam Moura; e o samba Melhor do que Mereço, do atual maestro da 25 de Março, Antonio Neves. Foram 27 horas semanais de gravação, 6 horas por dia, tudo feito à distância, cada músico em sua residência, por causa da pandemia. Além disso, foram publicados quatro vídeos sobre a importância do centenário jornal Folha do Norte, de Feira de Santana, na divulgação das atividades da 25 de Março nas primeiras décadas do século XX. Os vídeos apresentaram as imagens do jornal e a transcrição dos textos das notícias, com a ortografia da época, com narração da cantora feirense Maryzélia.

Conexão

Já o Conexão 25 em Banda Larga foi iniciado também em 1 de janeiro e concluído em 10 de abril. Contemplado pelo Prêmio das Artes Jorge Portugal, o projeto teve apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Foram realizadas 10 aulas masterclass, cada uma com 2 horas de duração, todas virtuais, sobre o melhor uso dos instrumentos musicais, abertas para todos os interessados. E 220 horas de aulas tutorias exclusivamente para os 22 alunos da 25 de Março, cada um com dez horas-aula. As aulas foram ministradas por gabaritados e experientes músicos da Bahia, com títulos de mestre e de doutor, e que atuam como professores em cursos de música de importantes universidades públicas da Bahia e de outros estados. Além dos alunos da própria 25 de Março, as aulas masterclass contemplaram, cada uma, a média de 40 pessoas interessadas em música, de várias partes da Bahia e também de outros estados, que puderam acompanhá-las em tempo real pela internet.

Além disto, foram promovidos dez colóquios sobre vários temas relacionados às filarmônicas, como a história e a gestão dessas entidades, a preservação e a ampliação de seus acervos, e a importância delas para a educação e a cultura de suas respectivas comunidades. Participaram dirigentes e maestros, além de professores e especialistas em filarmônicas, como a doutora Taiane Fernandes, que falou sobre sua experiência em Valência, cidade espanhola considerada o grande polo internacional das bandas musicais.

Conquistas

“Acredito que demos uma importante contribuição à cultura das filarmônicas”, comemora o maestro Antonio Neves, coordenador dos dois projetos. Ele salienta o que considera uma grande conquista dessa iniciativa da 25 de Março: resgatar e apresentar ao grande público o Hymno de Feira de Santana, composto pelo maestro Tranquilino Bastos, em 1899, e que foi o hino oficial da cidade até ser substituído pelo Hino à Feira, de Georgina Erismann, composto na década de 1920. Até então, o primeiro hino só era conhecido por músicos de filarmônicas.

Já o presidente da 25 de Março, o memorialista Carlos Brito, enfatiza que os dois projetos representam uma “vigorosa retomada” das ações da 25 de Março, que tem uma longa história de participação ativa na cultura de Feira de Santana. Ele salienta dois importantes momentos registrados durante os colóquios do Conexão 25 em Banda Larga: o compromisso assumido pelo vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, Gilmar Faro Teles, de que fará gestões junto ao IPAC (Instituto do Patrimônio Artístico-Cultural da Bahia) para a requalificação do prédio da 25 de Março, na Rua Conselheiro Franco; e o anúncio do projeto do curso de Licenciatura de Mestre de Bandas, na Universidade Federal da Bahia, feito por representantes desta instituição que participaram da live. “Isso mostra a importância histórica de nossa filarmônica, e que estes projetos realizados por ela tiveram ampla aceitação e credibilidade junto a importantes personalidades do cenário cultural da Bahia”, diz Brito.

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