Dia do Caminhoneiro

Sest Senat promove ações em comemoração ao Dia do Caminhoneiro, celebrado nesta quinta (30)

Aqui no Brasil, além da data 30 de junho, a categoria também é homenageada no dia 25 de julho e 16 de setembro.

30/06/2022 às 12h16, Por Gabriel Gonçalves

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Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Nesta quinta-feira (30), é celebrado o Dia do Caminhoneiro, a data é uma homenagem a todos os profissionais que atravessam as longas estradas brasileiras e internacionais, transportando as mais diversas mercadorias e movimentando a economia nacional.

Aqui no Brasil, além da data 30 de junho, a categoria também é homenageada no dia 25 de julho e 16 de setembro.

Caminhoneiro há 26 anos, Elvis Souza de Oliveira, percorre as estradas brasileiras transportando combustível. Ao Acorda Cidade, ele contou um pouco da trajetória de vida, e da importância que se tem, em cuidar da própria saúde.

“A minha vida nesta área começou quando eu ainda estava no Exército Brasileiro, transportava explosivos, depois passei a transportar carga seca, também carreguei combustível, e estou nessa área de produtos inflamáveis há 9 anos. O dia a dia do caminhoneiro, é sempre rodando pelas estradas, mas também cuidando da saúde, o que é fundamental, então periodicamente eu tenho os exames, além de cuidar do cargueiro, sempre fazendo o check-list, antes de sair pelas estradas”, explicou.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Elvis Souza, informou que logo no início da profissão, buscou indicações com outros caminhoneiros, e foi com o apoio do Serviço Social do Transporte e o Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat), que hoje, possui mais de 30 certificados.

“Hoje eu digo que tudo começou por aqui, no Sest Senat, porque eu fui procurando outras pessoas mais velhas neste ramo das estradas, e elas indicaram este serviço aqui. Hoje eu tenho 35 certificados, tenho o Master Drive, e sempre estarei me especializando, porque ainda me sinto como um aprendiz, e vejo o Sest Senat como um local apropriado para preparar novos profissionais. Por exemplo, é necessário respeitar o limite do tempo para dirigir, descansar, almoçar e finalizar a jornada de trabalho, não podemos em hipótese nenhuma ultrapassar 10 horas dirigindo, é necessário parar, e isso foi ensinado pela instituição”, contou.

Há mais de duas décadas percorrendo rodovias, Elvis disse à reportagem do Acorda Cidade, que o que mais lhe chama a atenção durante os percursos, é o grande número de infrações causadas por outros condutores.

“Infelizmente, eu que estou nas estradas todos os dias, vejo a imprudência de muitos motoristas. É importante destacar, que o Código de Trânsito Brasileiro, é para todos, seja do motorista de automóvel de pequeno porte, caminhoneiro, motociclistas, ciclistas e até pedestres, porque o que muito observo, e isso está no Código, é que devemos manter uma distância dos ciclistas de 1,5m, mas infelizmente muitos querem trafegar pela mesma pista que o veículo está passando, e isso prejudica a nossa categoria. Hoje eu trabalho em uma transportadora de combustível, todas as carretas são monitoradas e com câmeras, então aquele percurso que estou fazendo, tem gente monitorando. Então nós, enquanto caminhoneiros, precisamos manter total atenção nas estradas, dirigir com muita segurança, pois é necessário evitar o inesperado”, concluiu.

Daniel Correia, é o diretor do Sest Senat de Feira de Santana. Ao Acorda Cidade, ele contou que o órgão sempre está ofertando ações em prol dos caminhoneiros, mesmo não sendo datas comemorativas.

“O Sest Senat a todo momento, independente da data comemorativa que é o dia 30 de Junho, promove ações constantes em prol do caminhoneiro, então estamos sempre nas rodovias levando conhecimento, levando informações e valorizando esta categoria que tanto merece o nosso reconhecimento. O profissional do caminhão, da boleia, ele tem uma dificuldade de parar para poder fazer o cuidado com a saúde ou se alimentar de uma forma adequada ou receber orientações. Então a gente tenta levar a nossa equipe nos locais que eles circulam, que sejam de maior acesso em postos de combustíveis, posto de delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a gente leva um lanche, a gente leva um brinde, a gente passa orientações, os cuidados com a saúde, alimentação e até prevenção de acidentes”, destacou.

Para o diretor da unidade, a categoria ainda é pouco valorizada pela população.

“O caminhoneiro é uma classe que talvez não seja tão valorizada, eu acho que a população não tenha consciência da importância do trabalho do caminhoneiro, então eu creio que falta um pouco de informação e de cuidado para com eles. O Sest Senat trabalha muito nesse sentido de levar informação, de levar o cuidado, de promover a saúde, o desenvolvimento profissional, para que ele consiga desempenhar as atividades de uma forma muito mais segura e responsável. A gente vive uma realidade em que o transporte rodoviário, é o principal modal do país, então a gente precisa investir tanto em estrutura para eles, eu digo estrutura de estrada, de segurança viária, como também informações, que a gente sabe que é a educação que transforma, a gente quer um trânsito mais seguro, e a gente precisa investir neste sentido, então isso vai da escola até a educação superior, e todos nós somos responsáveis por esta mudança também”, pontuou.

Segundo Daniel Correia, um dos apoios em que o Sest Senat oferece para os caminhoneiros, é o apoio psicológico.

“Passar o dia inteiro à frente de um volante, em uma estrada e com um trânsito intenso cheio de riscos e intercorrências, é uma rotina muito estressante. A profissão de motorista é uma das que mais tem demandas de apoio psicológico em nossa unidade, mas a gente faz o possível e o impossível para continuar oferecendo a estes profissionais, uma condição de trabalho, de equilíbrio para que eles possam se manter produtivos em atividades. Normalmente uma maior incidência é de estresse e crise de ansiedade, como por exemplo, ele recebe uma demanda para ser entregue em um prazo curtíssimo, vai precisar andar no ritmo muito mais acelerado para poder entregar aquela carga dentro do prazo que foi estipulado para ele, muitas vezes fazem uso de substâncias psicoativas e de estimulantes para que não tenham sono e isso gera no organismo, um choque que acaba desencadeando essas enfermidades do estresse e da ansiedade justamente por conta dessa correria, dessa pressão diária para que possa estar entregando a mercadoria dentro do prazo. Então a nossa equipe de psicologia está sempre atenta a este tipo de situação para poder dar o suporte que o caminhoneiro precisa e para que continue ativo”, salientou.

Ainda de acordo com o diretor do Sest Senat Feira de Santana, o caminhoneiro autônomo, é o mais impactado com o alto preço do Diesel.

“A gente tem os caminhoneiros que são vinculados à empresas de transportes, empresas de logística, ou seja, também do setor de indústria e comércio, mas o autônomo, eu creio que é o mais prejudicado justamente pela necessidade que ele tem de continuar em atividade, e é um custo que ele precisa passar para quem o contrata, então é um momento bastante delicado, e a gente vive um período em que a economia está muito instável. Eu creio que a qualquer momento uma paralisação possa ocorrer justamente porque este profissional precisa colocar o alimento na mesa, e se ele tem um custo operacional mais alto, ele vai acabar repassando também para o cliente, e isso é uma cadeia que infelizmente a gente enfrenta em todos os setores da economia do país”, concluiu.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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