Feira de Santana

Em protesto, permissionários do Shopping Popular ocupam calçadão da Sales Barbosa

De acordo com eles, devido ao fraco movimento no entreposto comercial, não é possível arcar com todos os pagamentos.

07/06/2022 às 09h10, Por Gabriel Gonçalves

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Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Os permissionários do Shopping Popular Cidade das Compras ocuparam o calçadão da Sales Barbosa, em Feira de Santana, na manhã desta terça-feira (7).

Com faixas e produtos, os comerciantes protestam contra o fraco movimento do entreposto comercial, que segundo eles, não está gerando nenhum tipo de lucro e por isso não conseguem arcar com os compromissos no final do mês.

Ao Acorda Cidade, a permissionária Dilsmara da Silva Santana informou que o local não possui nenhum tipo de atração, para o público se fazer presente.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eles estão expulsando todos os camelôs do Shopping Popular, querem cobrar um valor absurdo de R$ 600, sendo que a gente não tem condições nem de pagar R$ 200. Estamos completando dois anos naquele espaço, mas as pessoas não querem ir pra lá. Dizem que é longe e não tem nenhum outro tipo de atrativo. A gente não aguenta mais. Eu por exemplo, vendo calçados, sandálias e não estou em condições de pagar minhas contas”, alegou.

Outra comerciante, que preferiu não se identificar, informou que já está com o boxe lacrado, devido à falta de pagamento.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eu estou naquele local desde quando inaugurou, mas não estava tendo condições de pagar os boletos porque não tem movimento, se a gente não está vendendo, como é que vai ter dinheiro para pagar? Lacraram meu boxe, porque eu não paguei os boletos, boletos com valores de R$ 589, não há condições de pagar, e decidimos ficar aqui o dia inteiro para que as autoridades possam olhar por nossa classe”, disse.

Luzia dos Santos que trabalha com artigos para presentes no Shopping Popular, informou à reportagem do Acorda Cidade, que é necessário ter um reajuste, para que os permissionários possam ter condições de pagar as taxas.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eu sei que a gente não pode trabalhar lá dentro de graça, hoje tudo necessita de custo, mas que essas taxas sejam justas. Infelizmente a gente não consegue honrar com os compromissos, estamos tentando sobreviver ali dentro, mas está difícil. Estamos em busca de uma solução, nós pedimos ao prefeito que nos ajude, que as autoridades possam avaliar o que pode ser feito, porque desta forma, não há condições de trabalhar”, desabafou.

Após início da manifestação, fiscais da Prefeitura Municipal de Feira de Santana, estiveram no local, solicitando que todos os comerciantes retirassem as mercadorias.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

“Eles estão ameaçando a gente, estão dizendo que se a gente ficar vendendo aqui, que eles irão recolher tudo, e ainda disseram que será pior do que da última vez. Nós somos pais e mães de família, estamos aqui lutando pelos nossos direitos, porque lá dento daquele Shopping, não conseguimos vender nada”, disse uma permissionária.

O Acorda Cidade está em contato com a Secretaria Municipal de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico para mais esclarecimentos .

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

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  1. Tragédia anunciada. Realmente ninguém vai se interessar em visitar o comércio naquele local. Não há estacionamento, muita embolação. Olhando, também, pelo viés do oportunismo, quem sabe não terá sido essa a estratégia? O comércio entra em queda, os boxes fecham e aí um grupo chega, compra tudo na surdina, organiza tudo e os lucros aparecem. Acorda, cidade!

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