Feira de Santana
Com 55 gatos em casa, voluntária pede doações para construir gatil
Protetora de animais ganha apenas um salário mínimo e não tem condições de cuidar dos gatos sozinha.
15/08/2022 às 06h36, Por Laiane Cruz
A moradora do bairro Calumbi, em Feira de Santana, Silvania Alves dos Santos, que atua como protetora independente de animais, sofre por não conseguir fazer mais pelos cães e gatos que acolheu em sua residência. Há 7 anos, a dona de casa aposentada encarou essa missão.
Atualmente, ela possui 55 gatos e três cachorros, que dependem de cuidados constantes, higiene, medicamentos, tratamentos de saúde e alimentação. Além disso, com o passar do tempo, o espaço ficou pequeno, e a criadora passou a precisar também de ajuda financeira para construir um gatil ao lado da sua casa e retirar os animais da sua casa.
“É uma luta aqui, e eu sofro porque só ganho um salário mínimo e preciso comprar medicação, ração e preciso de um espaço para colocar os animais. Todos moram comigo e na hora que eu vou comer, nem me alimento direito, porque eles pulam no meu prato e derrubam minha comida. Tenho que comprar alimentação para eles. Tinha uma pessoa que doava a ração para mim, mas agora ela parou de doar”, afirmou a protetora.
Silvânia Alves revelou que está com uma dívida de mais de R$ 1 mil, que contraiu por conta das despesas com os animais. Todos foram resgatados das ruas em situação de extremo sofrimento e fome.
“Tenho gatos aqui com olho furado, pata quebrada, gato com rabo quebrado, com deficiência no trato urinário. São tantas coisas, que o dinheiro acaba. Eu só tenho esse salário mínimo e só tem uma pessoa que está me ajudando agora, mas é pouco. Tem vezes que fico sem nada do meu salário, nem para mim. Preciso de produtos de limpeza, remédio para vermes, ração, material de construção e mão de obra. Se alguém puder me ajudar, eu vou poder construir o gatil deles, em um terreno ao lado da casa. Já levantei as paredes, fiz a estrutura para bater laje, para poder protegê-los, e as pessoas não jogarem veneno. São animais vacinados, pois o Centro de Zoonoses vem todo ano aqui vacinar”, destacou.
Além de doações, a protetora também fez um apelo emocionado para que as pessoas que sabem onde está localizada sua residência parem de abandonar animais em sua porta, pois ela não tem mais espaços e condições de acolher novos cães e gatos.
“Não joguem mais animais na porta da minha casa, os bichinhos estão sofrendo com fome, sede, sentem frio e eu não aguento mais pegar. Tem gente que chega aqui e joga a caixa cheia de gatos e eu não posso pegar mais. Eu não estou me alimentando mais direito, por não ter condições.”
Vizinho da protetora independente, Alexandre Lima Rodrigues se sensibilizou com a situação e tem buscado ajudar Silvânia como pode.
“Na medida do possível, a gente está ajudando. Moro na comunidade há 30 anos e conheci a Silvânia, e me sensibilizei com a situação dela. Busquei alguns amigos para a gente tentar ajudar. O local onde está sendo construído o gatil precisa agora ser feita a laje, para que sejam feitos os apartamentos onde os gatos vão ficar acomodados. Hoje ela não tem espaço dentro da sua própria casa, para poder conviver e arrumar da forma como ela merece. Então as pessoas que se sentirem sensibilizadas e puderem venham conhecer esse projeto”, declarou.
Ele ressaltou ainda que tanto amor pelos animais é algo incomum de ser visto hoje em dia, e somente algumas pessoas, como Silvânia, se propõem a encarar um desafio como esse.
“Tem gente que diz que ela é louca por criar tantos animais, mas quem conhece o coração dela sabe que o amor pelos animais é incomum e não são todas as pessoas que fazem isso. Ela não aguenta ver um animal sofrendo na rua. Quando ela era mais nova, tinha mais força, mas vai chegando um certo tempo com a idade que sozinha para administrar tudo isso fica difícil”, observou Alexandre.
As pessoas que, porventura, desejam colaborar com as despesas e a construção do gatil ao lado do imóvel onde a dona de casa cria os animais, podem entrar em contato com ela pelo telefone 9 8883-6678.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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Acompanho de perto a luta dos protetores e sofro junto com eles. São pessoas que não têm vida. Muito dificilmente recebem ajuda, fora que às vezes cruzam com gente intolerante, que só piora a sua batalha.😢
Poderia a produção intermediar para não ter aproveitadores. E fazer uma campanha com o pix da moradora.