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'Estamos chocados', diz esposa de Marinésio Olinto, preso por matar funcionária do MEC no DF

Cozinheiro confessou assassinato de uma segunda mulher. Polícia identificou ao menos 11 vítimas potenciais do homem que é chamado de 'maníaco em série'.

29/08/2019 às 09h31, Por Rachel Pinto

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Três dias após Marinésio dos Santos Olinto, de 41 anos, confessar que matou a funcionária do Ministério da Educação (MEC) Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos, e a empregada doméstica Genir Pereira de Sousa, de 47 anos, a esposa do cozinheiro disse que está em choque.

"Não imaginava. Estamos chocados."

A mulher pediu para que seu nome não fosse revelado. Ela disse que foi casada com Marinésio por 19 anos.

Mãe e filha apanharam alguns pertences e saíram, rapidamente. Elas temem represálias.

"É triste ter que abandonar a própria casa."

Morte de Letícia

O corpo de Letícia Sousa Curado Melo foi encontrado na segunda-feira (26). A jovem estava desaparecida desde sexta-feira (23), quando saiu para o trabalho, por volta das 7h.

Funcionária do Ministério da Educação (MEC), ela morava em Planaltina e foi vista – por meio de câmeras de segurança – entrando na caminhonete de Marinésio dos Santos Olinto.

O homem foi preso no domingo (25). Na segunda-feira, confessou o crime e levou os policiais até o local onde havia deixado o corpo.

"Ele disse que enforcou a advogada porque ela se recusou a manter relações sexuais."

Maníaco em série

Marinésio é investigado pela suspeita de ter cometido os seguintes crimes, sempre dentro da caminhonete prata que utilizava:

Feminicídio de Letícia Sousa Curado Melo, de 26 anos. Ela desapareceu em 23 de agosto e o corpo foi encontrado três dias depois.

Feminicídio de Genir Pereira de Sousa, de 47 anos. Ela desapareceu em 2 de junho e o corpo dela foi encontrado 10 dias depois.

Abuso sexual contra duas irmãs, de 18 e 21 anos. Elas usaram uma panela de ferro para conseguir fugir do carro.

Abuso sexual contra uma jovem de 23 anos. Ela pulou do carro em movimento para evitar ser estuprada.

O delegado Veluziano Castro, um dos responsáveis pela investigação, disse ao G1 que o suspeito confessou os assassinatos, mas negou a violência sexual contra Letícia.

"É comportamento de maníaco em série, perfil desviado, embora saiba perfeitamente de tudo que faz."
Ainda segundo a polícia, Marinésio permaneceu em silêncio quando confrontado com algumas provas do crime, como as imagens em que o carro dele aparece gravado por câmeras de segurança.

Além do homicídio das duas vítimas já identificadas – Letícia e Genir –, a polícia passou a investigar uma possível relação entre o suspeito e crimes cometidos há, pelo menos, cinco anos.

"A inteligência da polícia reabriu inquéritos de 2014 e 2015 que estavam para ser arquivados por falta de indícios de suspeitos."

Ainda de acordo com o delegado Veluziano Castro, o modo de operação do agressor, a semelhança entre os carros usados nos crimes, a causa da mortes das vítimas – por asfixia – e o local onde foram encontradas (Planaltina e Paranoá) apontam a participação dele nos assassinatos.

Fonte: G1

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