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Equipar polícias e patrulhar fronteiras: soluções dos presidenciáveis para segurança

Dentre as propostas, o reforço no policiamento de fronteiras é unanimidade e temas polêmicos como porte de armas e legalização das drogas diferenciam os presidenciáveis.

05/10/2018 às 08h49, Por Rachel Pinto

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Às vésperas do primeiro turno das eleições, os candidatos à presidência da República possuem projetos para melhorar a segurança pública do país. Dentre as propostas, o reforço no policiamento de fronteiras é unanimidade e temas polêmicos como porte de armas e legalização das drogas diferenciam os presidenciáveis.

Líder nas pesquisas eleitorais, Jair Bolsonaro (PSL) tem propostas para garantir proteção jurídica aos policiais. Ou seja, determinação, em lei, de que os agentes não sejam punidos caso matem alguém em confronto.

“A violência só cresce no Brasil exatamente porque é uma equivocada política de direitos humanos. O policial civil, em especial o militar, nunca foi tão desvalorizado. Não tem uma retaguarda jurídica para poder bem cumprir o seu dever. O cidadão de bem foi desarmado por ocasião do referendo de 2005 e o bandido continuou muito bem armado”.

Se eleito presidente da República, o candidato do MDB, Henrique Meirelles, tem como objetivo investir em inteligência, compartilhamento de informações e cooperação entre órgãos de segurança pública. O ex-ministro é contrário à liberação do porte de armas e propõe reformas no sistema penitenciário.

“Segurança pública tem que ser administrada com capacidade e competência, violência se combate com inteligência. Temos que equipar as polícias dos estados, é importante que a economia cresça para que possam comprar equipamentos, viaturas e contratar mais policiais.”

Fernando Haddad, do PT, quer criar uma nova unidade da Polícia Federal para combate ao crime organizado. Junto a isso, pretende reforçar a fiscalização nas fronteiras do país e retomar investimentos nas Forças Armadas.

“Nós vamos federalizar o combate ao crime organizado de todo tipo. E vamos fazer uma classificação de risco dividindo competências, redividindo competências para ter uma política de tirar do sistema penitenciário e carcerário aquilo que pode receber um outro tipo de tratamento. E jogar peso no combate ao crime pesado, contra a vida, contra a questão das fronteiras”.

Ciro Gomes, candidato do PDT ao Planalto, defende direcionar as polícias federais para o combate às organizações criminosas. Com o objetivo de afetar a raiz dos problemas de segurança pública no Brasil, propõe criar uma Política de Fronteiras para trabalhar a repressão e prevenção dos crimes.

“O que eu pretendo é federalizar todo o itinerário da investigação a segregação prisional, do enfrentamento das facções criminosas, narcotráfico, crime contra administração pública e lavagem de dinheiro. Então, é preciso, rapidamente, por remanejamento de servidores burocratas ou por um concurso para devolver à investigação 11 mil policiais e não cinco mil, que são hoje os efetivos que estão quase todos agarrados com escândalos de política”.

Com uso de exemplos do que já fez quando foi governador de São Paulo, Geraldo Alckmin do PSDB aponta que, para reduzir o número de homicídios no país, é preciso engajar estados e municípios no combate à violência. Além disso, o tucano defende a criação de uma Guarda Nacional que teria o poder de atuar em todo o Brasil.

A candidata da Rede ao Planalto, Marina Silva, se posiciona contra a liberação do porte de armas. Já em relação às drogas, a presidenciável defende um plebiscito sobre descriminalização dessas substâncias. Se eleita, a ex-ministra quer ainda transferir responsabilidades às Forças Armadas.

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