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Encontro Nacional de Sementes articula políticas em defesa das sementes crioulas

A iniciativa avaliou o Programa Sementes do Semiárido e o fortalecimento das Redes de Bancos Comunitários de Sementes nos estados do Nordeste e Norte de Minas Gerais.

14/03/2019 às 17h18, Por Rachel Pinto

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A Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), por meio da Superintendência Baiana de Assistência Técnica e extensão Rural (Bahiater), participou, na quarta-feira (13), do Encontro Nacional de Sementes, promovido pela Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), em Macéio, no estado de Alagoas. A iniciativa avaliou o Programa Sementes do Semiárido e o fortalecimento das Redes de Bancos Comunitários de Sementes nos estados do Nordeste e Norte de Minas Gerais.

Políticas Públicas Estaduais para Sementes Crioulas foi tema da Mesa com Gestores Públicos, que contou com a participação de representantes de órgãos estaduais da Bahia, Pernambuco, Alagoas, Piauí e Rio Grande do Norte. Representando a Bahiater/SDR, a coordenadora de Agroecologia e engenheira agrônoma, Ana Cristina Santos, apresentou as políticas do Governo da Bahia na defesa e preservação destas sementes, dentre as quais, o Cadastro das Experiências com Sementes Crioulas, lançado em novembro de 2018, durante o II Encontro de Sementes, Mudas e Raças Crioulas, realizado em paralelo com a 9ª Feira Baiana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, em Salvador.

O cadastro visa mapear, identificar as sementes resgatadas e conservadas e, ainda, localizar as guardiães e os guardiões de sementes da Bahia, no intuito de criar e fortalecer bancos de sementes comunitários e a implantação de Unidades de Multiplicação de Sementes Crioulas. O cadastramento é feito no site da Secretaria de Desenvolvimento Rural (www.sdr.ba.gov.br), no link Acervo Digital, no banner “Sementes Crioulas”.

Para Ana Cristina, encontros como este são importantes na socialização das experiências de cada Estado, “pois norteiam os trabalhos que já estão em prática e permitem uma troca de conhecimento entre os órgãos estaduais e a sociedade civil, que visam o fortalecimento da agricultura familiar e a produção de alimentos saudáveis. O Cadastro de Sementes Crioulas reúne experiências que já existem e facilita a criação de políticas públicas para este setor”.

Durante o encontro, que teve início na segunda (11), e reuniu 150 participantes, foram apresentadas pesquisas com Sementes Crioulas no Semiárido e discutidas estratégias de resistência às ameaças da contaminação com transgênicos. “Um momento de diálogo importante para mobilizar e perceber, em nível nacional, como as organizações trabalham a temática no Semiárido. Avançamos na discussão sobre como os Estados vêm apoiando e fortalecendo as ações de cuidado com as sementes crioulas”, Marcia Maria Muniz, da Articulação do Semiárido (ASA) Bahia e do Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (Sasop).

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