Polícia

Deam já registrou 45 casos de estupros em Feira de Santana em 2019

Na última sexta-feira (9), mais um crime dessa natureza chocou a população do bairro Campo Limpo.

16/08/2019 às 06h55, Por Maylla Nunes

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Laiane Cruz

Os registros relacionados a crimes de estupro em Feira de Santana devem crescer até o final de 2019, em comparação com o ano anterior. A Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam) já registrou 45 casos até o dia 12 de agosto deste ano. Em 2018, foram 53.

Na última sexta-feira (9), mais um crime dessa natureza chocou a população do bairro Campo Limpo. Uma mulher foi estuprada após um homem invadir a residência dela, por volta das 18h50, na Rua José Júnior, Conjunto Luma Torres. O agressor prendeu uma criança que estava na casa em outro cômodo e cobriu o rosto da vítima para dificultar a sua identificação.

De acordo com a delegada Clécia Vasconcelos, já houve três registros da Deam de estupros praticados dessa forma naquele bairro. Segundo ela, as investigações já estão em curso para identificar o agressor.

“O acusado teve a ação de trancar a criança no outro cômodo da casa pra ela não ver o ato bárbaro. Nós temos três registros de delitos iguais a esse, naquela região, e já temos o retrato-falado, elementos, e estamos esperando perícia do perfil biológico para avançar mais nas investigações”, afirmou.

A delegada, porém, não sabe precisar se o aumento no número de registros está ligado ao crescimento dos casos ou das denúncias pelas vítimas, uma vez que este tipo de delito sempre foi subnotificado por medo e vergonha das mulheres em denunciar.

“O número de ocorrências está com certeza aumentando. Agora não sei se está aumentando o fato em si ou se as mulheres que antes não denunciavam, uma vez que grande parte dessas mulheres não denuncia dada a complexidade do delito, estão denunciando mais ao ver o resultado das prisões e não aceitar mais ficar nessa condição de vulnerabilidade”, afirmou a delegada.

Para Clécia Vasconcelos, a expectativa é que 2019 terá um número maior de registros, uma vez que ainda estamos em agosto e nos meses de verão esses delitos aumentam. Ela disse ainda que todos agressores estão presos, com exceção do que tem invadido casas.

“Todos os nossos instrumentos estão direcionados para este tipo de delito. Há exames que estão em curso em Salvador, que tão logo sejam concluídos, vão nos ajudar a elucidar outro delito dessa natureza. E assim concluir com a prisão. Estupro é um crime que causa indignação na população, de pena considerável, crime hediondo. O indivíduo que pratica esse crime precisa ser preso”, declarou.

Conforme a delegada, as investigações partem do modo de agir e a descrição física dos indivíduos que praticam estupro. “Isso faz com que a gente selecione e trace os perfis. Então a gente já consegue identificar que em tal área quem age é o indivíduo X, e dessa forma a gente vai diminuindo nosso espectro de atuação e direcionando todas as forças pra aquelas localidades.”

Outro instrumento muito eficaz nas investigações, segundo Clécia Vasconcelos, é o sistema de videomonitoramento. “Fazemos um apelo às pessoas que possuem esse sistema que, quando solicitado pela polícia, não se furtem a fornecer, pois há certa relutância em colaborar com essas filmagens. Mas é preciso lembrar que toda a sociedade tem que contribuir porque todos estão vulneráveis”, ressaltou a delegada.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade

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