Enchentes
Bahia: mais de 30 médicos reforçam equipes assistenciais nas regiões afetadas pelas enchentes
Além de socorrer os feridos, os profissionais de saúde têm a missão de minimizar os efeitos do contato com as águas sujas das enchentes e combater doenças.
03/01/2022 às 19h27, Por Andrea Trindade
Acorda Cidade
O Ministério da Saúde enviou apenas 23 médicos à Bahia, do total de 119 prometidos pelo ministro Marcelo Queiroga, para atender a população atingida pela catástrofe ambiental que culminou em mais 90 mil pessoas desabrigadas e desalojadas e em 156 municípios em situação de emergência.
Adicionalmente, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) remanejou oito médicos do quadro para atuar nas regiões afetadas. Além de socorrer os feridos, os profissionais de saúde têm a missão de minimizar os efeitos do contato com as águas sujas das enchentes e combater doenças como cólera, leptospirose, hepatite, doenças diarreicas e febre tifoide, por exemplo.
Todos eles já desembarcaram em Ilhéus e estão em deslocamento para os seguintes municípios: Gandu, Itajuípe, Piraí do Norte, Dário Meira, Teolândia, Canavieiras, Apuarema, Nova Ibiá, Ibicaraí, Angical, Paratinga, Wanderley, Cotegipe, Jucuruçu, Itamaraju, Prado, Medeiros Neto, Ibicuí, Itarantim, Jiquiriçá, Ubaíra e Amargosa.
De acordo com a secretária estadual da Saúde da Bahia, Tereza Paim, a distribuição dos médicos foi feita pela Sesab em parceria com Conselho de Secretários Municipais de Saúde da Bahia (Cosems-BA). “Buscamos uma equidade com foco nos municípios muito afetados e com população desabrigada e desalojada. Periodicamente novas avaliações serão feitas, a fim de incluir novos municípios”, destaca a secretária.
Vinda de São Paulo, a médica Rita Cândido fala da sensação de vir à Bahia nesse momento: “É muito gratificante e emocionante trabalhar para suprir as necessidades médicas de uma a população que tem sofrido muito.”
Já o médico paraibano Gomes Machado tem uma motivação a mais porque “estou ajudando meu povo porque minha família também é baiana. A gente se formou para isso, para salvar vidas e não há nem o que se discutir quanto a isso. Temos de estar onde se precisa de um médico” Para a sergipana Josefa Oliveira, o sentimento é de esperança: “Estar aqui, contribuindo, compartilhando o que estudamos e oferecendo o nosso trabalho para quem mais está precisando nesse momento nos faz acreditar na vida, mesmo após as piores tragédias”.
Leia também: Cerca de 90 médicos serão enviados para as regiões atingidas pelas fortes chuvas na Bahia
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