Mais três agências bancárias suspendem atendimentos devido a casos de covid-19

^{Andrea Trindade e Rachel Pinto}

Atualizada às 20:28

Só nesta nesta segunda-feira (24), mais três agências bancárias de Feira de Santana foram fechadas para desinfecção, elevando para 15 o total de agências que precisaram ser fechadas neste ano por conta de funcionários infectados com a covid-19. Ao menos 56 bancários foram diagnosticados com covid-19 no município, sendo que em novembro e em dezembro de 2021 nenhum caso positivo foi confirmado.

Os dados foram passados ao Acorda Cidade pelo Sindicato dos Bancários de Feira de Santana. O vice-presidente da entidade, Eritan Machado, destacou que o aumento de bancários infectados possuem duas causas principais.

“A primeira deve-se a um relaxamento das medidas de prevenção e combate à doença por parte da população de modo geral. As pessoas passaram a relaxar no uso da máscara, do álcool em gel, e principalmente em relação ao distanciamento social. Somado a este primeiro fato, temos uma segunda causa principal que se deve a própria estrutura das agências e responsabilidade que os bancos têm no combate e prevenção à covid. As agências são ambientes fechados, que há aglomeração de pessoas, e que há um fluxo de documentos e cédulas que propiciam uma propagação maior do vírus, tanto por contaminação dos bancárias quanto também dos clientes que adentram as agências bancáris”, explicou.

Eritan Machado mencionou outros fatores que contribuem para o avanço do número de casos.

“Somado a isto, os bancos, os diretores, as agências bancárias, passaram a flexibilizar os protocolos de segurança sanitária. Aqui em Feira de Santana alguns bancos chegaram a demitir metade dos funcionários da limpeza, ou seja, com menos empregados para fazer a limpeza menor vai ser esta sanitização nas agências para prevenir o contágio pelo vírus. Além disso, alguns bancos também passaram a não afastar os empregados que tiveram contato com pessoas infectadas, seja na sua família, seja por algum colega de trabalho que contraiu a doença. Tudo isso somado vai resultar neste aumento de casos de covid-19 nas agências bancárias. Nós do sindicato dos bancários estamos diariamente orientando os trabalhadores quanto às medidas de segurança e, sobretudo, sobre a importância da vacinação. Felizmente não temos nenhum caso grave graças a vacinação”, continuou.

O vice-presidente disse ao Acorda Cidade que o sindicato está dialogando com a direção dos bancos para adotar medidas mais rígidas de controle e prevenção do vírus e que a entidade defende junto ao Governo Municipal o passaporte da vacinação para ter acesso a serviços no interior das agências bancárias.
 

Agências fechadas

A agência do banco Itaú da Avenida Presidente Dutra em Feira de Santana suspendeu os atendimentos nesta segunda-feira (24), devido a confirmação de três casos de covid-19 em funcionários. Além do Itaú também fecharam hoje o Bradesco da Getúlio Vargas e o Banco do Brasil do Boulevard Shopping.
 

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

O diretor de comunicação do Sindicato dos Bancários, Edmilson Cerqueira,  informou ao Acorda Cidade que diariamente tem acontecido casos de trabalhadores acometidos por reinfecção da doença em várias agências bancárias da cidade. Segundo ele, felizmente os funcionários apresentam sintomas leves, pois se vacinaram.

O sindicalista frisou ainda que com a detecção de casos, as agências são fechadas para sanitização e que a categoria pede aos governos estadual e municipal que possam incluir em seus decretos a exigência do cartão de vacinação para que os clientes adentrem às agências. Para ele, esta medida é uma forma de conter a contaminação.

“Estamos pedindo a inclusão da categoria nos decretos de obrigatoriedade de apresentação da carteira de vacinação para ver se diminui essa quantidade de reinfecção que vem acontecendo. Felizmente depois dos bancários e pessoas vacinadas, os sintomas são leves. Há um movimento nacional para que os prefeitos e governadores incluam nos decretos, o certificado de vacinação”, encerrou.

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.