Feira de Santana

Dia Municipal da Beleza Negra é comemorado em sessão solene na Câmara Municipal

O evento foi promovido pelo Núcleo Cultural Educacional e Social Quilombola (Odungê).

23/09/2021 às 17h34, Por Gabriel Gonçalves

Compartilhe essa notícia

Gabriel Gonçalves

O Dia Municipal da Beleza Negra e o Dia Municipal do Sacerdote e Sacerdotisa de Religião de Matriz Africana foram comemorados na tarde desta quinta-feira (23), durante sessão solene da Câmara de Vereadores de Feira de Santana.

O evento foi promovido pelo Núcleo Cultural Educacional e Social Quilombola (Odungê).

Em entrevista ao Acorda Cidade, o vereador Petrônio Lima (Republicanos), autor do requerimento da sessão solene, destacou que sempre militou buscando a igualdade entre as pessoas, e ao receber a solicitação não poderia deixar de aceitar e indicar o evento à Casa da Cidadania.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

"Assim que assumi aqui o mandato, Lourdes Santana me procurou para que fosse feito o requerimento solicitando esta sessão em comemoração ao dia municipal da beleza negra. Eu como faço parte da comissão dos direitos humanos, direitos do consumidor e proteção à mulher, não poderia deixar de aceitar e indicar este requerimento. Como todos sabem, há 11 anos, eu sou evangélico, mas há 21 anos, eu já milito junto com o pessoal do movimento negro, principalmente com as bandas de reggae daqui de Feira de Santana. Como eu sempre militei nessa área lutando pela igualdade social, igualdade entre as pessoas, achei interessante, uma oportunidade de mostrar que mesmo sendo todos iguais, ainda somos diferentes, pois um homem sem conhecimento cultural, histórico e religioso é como uma árvore sem raiz", disse.

Para a presidente do Núcleo, Lourdes Santana, é necessários que eventos como estes, sejam realizados, ainda mais pelo grande número de discriminação que ainda é praticado por muitas pessoas.

Foto: Paulo José/Acorda Cidade

"Eu posso avaliar esta sessão como positiva, tivemos grandes palestrantes magnitude excelente dentro desse cenário cultural racial do Brasil, foi uma sessão alegre, mas eu não poderia deixar de fazer minhas críticas e o nosso papel é este. Aqui homenageamos 25 pessoas, são amigos e que ajudam o nosso movimento, que eu gosto, que eu amo. Infelizmente ainda há muita discriminação principalmente dentro desta Casa da Cidadania. Temos aqui racismo, homofobia, muita intolerância, mas o nosso objetivo foi alcançado e precisamos fazer mais movimentos como estes", concluiu.

Fotos: Paulo José/Acorda Cidade

 

Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade