Saúde

Julho Amarelo: especialista alerta sobre as hepatites virais

Para alertar a população sobre a importância da luta e prevenção contra a doença, o Ministério da Saúde intitulou o sétimo mês do ano, como o Julho Amarelo.

27/07/2021 às 11h54, Por Laiane Cruz

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Olhos amarelados, urina escura, fezes claras, desconforto e dor abdominal, enjôo, febre, moleza e fraqueza, são os sintomas mais comuns da doença que é uma das principais causas de câncer no fígado. Estamos falando das hepatites virais, patologias infectocontagiosas provocadas por diferentes vírus, dentre os quais, os A, B e C merecem mais destaque.

Para alertar a população sobre a importância da luta e prevenção contra a doença, o Ministério da Saúde intitulou o sétimo mês do ano, como o Julho Amarelo – campanha de conscientização no combate aos vírus.

De acordo com o hepatologista do Sistema Hapvida, Allan Rêgo, a OMS – Organização Mundial da Saúde reconhece essas infecções como um desafio para a saúde pública mundial e aponta que cerca de 60% dos casos de câncer de fígado são causados pelos tipos B e C. Segundo o especialista, o vírus da hepatite A merece mais atenção pelo fato da alta transmissão, no entanto, sua evolução costuma ser benigna na grande maioria dos casos. Já os vírus B e C, são doenças silenciosas que podem evoluir para cirrose e câncer do fígado.

A transmissão do vírus da Hepatite do tipo A acontece pela exposição a fezes, através de água e alimentos contaminados. A infecção pelo vírus da Hepatite B ocorre por meio do ato sexual, mas também pode ser transmitida por via vertical, ou seja, no momento do parto, passando da mãe para o recém nascido. Já a transmissão do vírus da Hepatite C se dá, predominantemente, por via parenteral, isto é, através do contato com sangue ou derivados. Conforme o médico, todas as pessoas acima de 40 anos devem fazer o teste anti-HCV pelo menos uma vez na vida, além de manter atualizada a caderneta de vacinação para as hepatites A e B. A última está disponível na rede pública para indivíduos de até 49 anos.

Conforme o Dr. Allan, o tratamento da Hepatite A não exige uma medicação específica. Normalmente os pacientes evoluem bem e o organismo elimina o vírus. As hepatites B e C, quando crônicas, devem ser tratadas com medicamentos específicos, disponíveis pelo SUS. "Especialmente para a Hepatite C, os novos esquemas de tratamento conferem taxas de cura que se aproximam de 100%", afirma o médico.

Medidas de prevenção
 

O hepatologista ainda faz um alerta sobre as principais medidas de controle das hepatites virais B e C, que são aquelas de transmissão sexual e parenteral (sangues e derivados). Em relação à hepatite B, a orientação é se vacinar, porque obviamente, dessa maneira, estaremos nos protegendo, além de procurar adotar o hábito de utilizar preservativos durante as relações sexuais.

Sobre a hepatite C, o médico destaca a importância do conhecimento prévio da segurança dos procedimentos aos quais está sendo submetido.

"Ao ir ao salão é necessário levar o seu kit (tesourinha, alicate, lixa de unha), o ideal é que seja tudo próprio, cada indivíduo deve ter o seu, as agulhas e seringas devem ser descartáveis, e aqueles que desejam fazer tatuagens ou colocar piercings devem procurar locais seguros e profissionais qualificados", ressalta o médico.

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