Médicos do Hospital de Campanha divulgam carta aberta em protesto contra atraso nos salários

^{Laiane Cruz}

Médicos que atuam no Hospital de Campanha de Feira de Santana divulgaram uma carta aberta à população para denunciar atrasos dos salários dos profissionais. De acordo com o documento, elaborado pelo corpo clínico da unidade, o último pagamento foi feito no mês de março.

A carta afirma que a empresa S3, responsável por administrar a unidade de saúde, propôs pagar apenas 50% do mês de abril. Os médicos ressaltam que em meio aos problemas enfrentados no enfrentamento ao coronavírus, estão expostos diariamente a contaminação pelo vírus, devido à superlotação da unidade e trabalhando com carga horária triplicada.

Os médicos destacam ainda que sem saúde mental e insatisfeitos com as condições de trabalho não terão como garantir uma assistência de qualidade aos pacientes.

Em resposta às declarações dos médicos do Hospital de Campanha, o advogado Bruno Calil, que é assessor jurídico da empresa S3, afirmou que até o fim desta semana os valores referentes a 50% do mês de abril serão quitados, e alegou que contratualmente o salário do mês de maio não estaria atrasado.

“Diante das manifestações e reivindicações da categoria médica referente ao Hospital de Campanha, venho informar que até o fim dessa semana, de acordo com o nosso cronograma de desembolso, os valores referentes ao mês de abril serão efetivamente quitados. Vale ressaltar que contratualmente falando, nós só temos 50% do mês de abril em aberto, os outros 50% já foram pagos. E o mês de maio ainda não está vencido, de acordo com as cláusulas contratuais”, informou o advogado.

Calil declarou ainda que esse é um problema pontual, que não vem ocorrendo de forma reiterada no Hospital de Campanha. “Nós pedimos desculpas pelo atraso, mas foi um problema burocrático de fluxo de caixa, que já está sendo resolvido. Reiteramos o nosso pedido de desculpas, pois sabemos o quão importantes são os médicos para nosso Hospital de Campanha e reafirmamos nosso compromisso de evitar maiores atrasos nos próximos meses”, disse.