Saúde

Após primeiro caso, outros 10 pacientes são detectados com superfungo Candida auris na Bahia

Primeiro caso foi registrado em dezembro de 2020, em paciente que fazia tratamento da Covid-19 em Salvador. Dez novos casos foram registrados na mesma unidade hospitalar.

27/01/2021 às 12h14, Por Rachel Pinto

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Dez novos casos de pacientes com Candida auris, fungo resistente a medicamentos e responsável por infecções hospitalares, foram registrados na Bahia. Eles foram detectados após o primeiro registro, em dezembro de 2020, em um paciente que fazia tratamento da Covid-19 em um hospital de Salvador.

Esses dez novos pacientes estavam na mesma unidade hospitalar onde o primeiro caso foi descoberto. O nome do hospital não foi divulgado, assim como o estado de saúde das pessoas, que já foram tratadas.

De acordo com o médico infectologista Antônio Bandeira, em uma parte dos pacientes, o Candida auris foi identificado após coleta de material.

“Nós temos um total, depois de uma investigação bastante extensa, de 11 pacientes. Foi o primeiro paciente e mais 10 pacientes. Desses 11, cinco pacientes tiveram culturas clínicas, foram fungos identificados no sangue, na urina ou em cateteres centrais. E a gente teve outros seis pacientes, que foram descobertos através do que a gente chama de cultura de vigilância, que é quando se cultiva a porção da pele dessas pessoas, para ver se elas estão colonizadas", explicou.

O infectologista explicou ainda que houve uma grande investigação na unidade hospitalar, além de um trabalho de contenção para evitar proliferação do fungo. Ainda segundo Bandeira, não há relatos sobre o Candida auris em outras partes do país.

"Ocorreu por conta de uma grande investigação, que envolveu mais de 400 culturas de ambientes, de pacientes e de profissionais de saúde. Foi através dessa extensa busca que se chegou ao número de 11 [pacientes] e não se avançou mais. Não há relatos desse fungo em outras partes do país, assim como em nenhum outro hospital. Então mostra que o hospital vem fazendo um tratamento excelente de contenção, para evitar que, não só não se espalhe dentro do hospital, como para outros hospitais”.

Gravidade da infecção

Bandeira explica que o Candida auris é considerado um "superfungo" porque ele pode causar infecções graves e tem uma fácil capacidade de disseminação.

“Esse superfungo pode causar infecções sistêmicas graves. Ele pode penetrar na corrente sanguínea e causar sepse e óbitos. E a grande característica dele, diferente de outros do mesmo gênero de Candida, é que esse fungo tem a capacidade de se disseminar como uma bactéria. Normalmente, os fungos não têm essa capacidade de passar de um paciente para o outro”.

Fonte: G1

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