Eleições 2020

Rei Nelsinho promete construção de hospital em Feira de Santana e 'Centro da cidade como Nova York'

Primeiro a participar da rodada de entrevistas do Acorda Cidade com candidatos, ele falou da proposta de governo e respondeu a perguntas da produção.

13/10/2020 às 18h18, Por Brenda Filho

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Orisa Gomes

O Acorda cidade iniciou nesta terça-feira (13), a rodada de entrevistas com os candidatos a prefeito de Feira de Santana, nas eleições 2020. Durante 45 minutos do programa de rádio, que vai ao ar pela Rádio Sociedade News FM, 102.1, o empresário Nelson Roberto, conhecido como Rei Nelsinho (PRTB), pôde se apresentar, falar a proposta de governo e responder a perguntas da produção. Pelo sorteio realizado com representantes dos candidatos, ele foi o primeiro da relação de 10. Nesta Quarta-feira (14), a entrevista é com o deputado federal José Neto (PT)

Casado com Marilene Matias e pai de três filhas, Rei Nelsinho é paraibano, natural de Carrapateira. Aos quatro anos, mudou com a família para Lisbão, onde viveu até os 13 anos. Conforme relatou na entrevista, começou trabalhar aos 8 anos e ficou conhecido na região onde morava por ser um bom catador de algodão. “Com o sofrimento, fui vendo a situação de meus pais e pedi a Deus que me levasse para uma cidade grande. (…) Deus me ouviu e primeiro chegou (a Feira de Santana) meu irmão e eu cheguei em 1973. Meu pai chegou aqui com a nossa família em 1975”, relatou. Em 1990, Nelsinho abriu uma loja de confecções na cidade e se tornou um dos maiores empresários do ramo em Feira de Santana. “Com isso toquei meu barco e estou até hoje como Rei Nelsinho”, relatou, orgulhoso.

Durante a entrevista, também afirmou que uma das suas principais propostas é construir um hospital municipal em Feira de Santana e disse que, se eleito, deixará o Centro da cidade como Nova York. Leia na íntegra:

Acorda Cidade – Quais são as propostas do senhor para governar Feira de Santana?

Rei Nelsinho – As nossas propostas vão ficar no ouvido, na cabeça, no peito e no coração. Quero contar um pouquinho das nossas propostas, que serão para alavancar a nossa cidade, para reconstruir. Feira hoje se encontra no lixo, desmanchada, acabada, desmontada. Como se diz no popular: no ponto morto.

Feira de Santana precisa de um homem que veio da roça, filho de um agricultor, um homem que tem Deus e a família no coração. Um homem que ama a si próprio e quem ama a si mesmo, ama o povo. Sou essa pessoa. Amo a minha família que é o povo de Feira, que foi aqui que ela me acolheu e me fez ser o empresário Nelson Roberto, hoje muito grande. É uma honra ser candidato e, o mais importante, fazer em Feira de Santana aquilo que quem passou 20 anos não fez. (Cuidar) da vida do povo, a saúde do povo, (construir) um Hospital Municipal.

No meu governo, vou assinar o protocolo para dar início a um dos maiores hospitais da Bahia aqui em Feira. Um hospital geral municipal com 400 leitos e 15 UTIs. Isso eu tenho certeza que vai melhorar muito a saúde do povo de Feira de Santana e vamos matar a fila da morte. Se ela não acabar, vai ficar 2%. É isso que o meu governo vai fazer em Feira de Santana.

Transporte público? Está em decadência, um absurdo! No meu governo, vou trocar essa frota, colocar ônibus novos, com ar-condicionado. BRT? Não existe, só o nome. Está uma lástima, não vai funcionar. Mas comigo na prefeitura, vai funcionar sim. Transportes coletivos nos distritos? Ouço todo dia em Dilton (programa Acorda Cidade) o povo chorando que não tem transporte. Estrada é uma desordem. Precisamos mudar, por isso que Feira quer mudança.

Vamos fazer também e em Feira de Santana o povo clama muito por um hospital veterinário. Tenho certeza que vamos fazer o Hospital e o “castramóvel” para acolher os bichinhos. Isso também está escrito e tenha certeza que Feira vai ser outra.

A luz? Não temos! Os buracos estão tomando conta. O Centro está também na minha proposta, estilo Nova Iorque. Da prefeitura até o Emec, em cada poste vou colocar uma luminária de 1,20 x 1 metro rodeando aquelas placas grandes. Vai ficar show!

O Natal Encantado que vamos fazer no Centro da cidade vai ser o verdadeiro show no nosso governo. São João, vamos ter grandes forrós, grandes bandas. Micareta vai ser de qualidade, grandes cantores de fora e da terra também.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

AC – Na última semana, o seu candidato a vice, o Bruno Lima, desistiu do pleito. O que aconteceu?

RN – O Bruno Lima era o nosso vice, foi o presidente do partido. O Conheci, uma pessoa humilde, com oito dias a gente conversando, ele falou que ele era o cabeça e que o parente que ele cuida era doente. Com uns 10, 12 dias, ele chegou e falou que ia renunciar. Ele perguntou se eu lembrava do parente dele que estava doente e falei que sim. Ele me disse que essa pessoa não estava bem e que precisava cuidar dele, por isso ia renunciar. Eu disse que tudo bem, sem problema. Ele renunciou, não ficou nenhuma rixa comigo, nenhum problema, e nós agora estamos aí em busca de um novo vice.

AC – Então o senhor não tem nome?

RN – Temos alguns nomes aí, estamos analisando, mas que vai sair, vai! O último prazo é dia 20, então tem que sair antes.

AC – A Justiça Eleitoral indeferiu a candidatura do senhor no mês passado, que inclusive está sob análise. O senhor acredita que vai reverter a situação e conseguir realizar a candidatura?

RN – Eu acredito que sim. Ainda ontem, como converso todos os dias com meu advogado, ele falou que está no caminho. Disse que tem certeza que a nossa campanha não vai ficar pelo meio do caminho, que ele fez uma boa defesa e, com isso, ele acha que vai seguir.

AC – Então o senhor acha que vai conseguir, porque está contactando o tempo todo com o advogado?

RN – Ele está apostando que vai seguir caminho como está seguindo. A nossa campanha está em pé, não parou.

AC – Qual a avaliação que o senhor faz da requalificação agora do Centro comercial de Feira de Santana? O senhor que é do comércio, na Sales Barbosa, que avaliação faz da retirada das barracas de lá?

RN – Eu sempre fui a favor dos camelôs. São meus amigos, tive muitas conversas, meu sangue hoje é camelô. Fui um dos maiores empresários do ramo de roupas, mas hoje ainda meu sangue é camelô. Se me perguntassem se eu quisesse “camelar” novamente, eu ia dizer que sim. Sou homem que tem sangue do camelô. Vou dizer uma coisa sincera. Até os camelôs não eram contra a saída deles. Nem eu, nem eles. Era a favor de deixá-los na Sales. Fui à prefeitura há um tempo, vi o projeto, que seriam umas barraquinhas vermelhas, bonitas, no centro da Sales e estava torcendo por esse projeto. Mas, no outro projeto que foi construir o Shopping Popular, que quase não sai, passou cinco anos enganando os camelôs e nunca disse que ia ser R$ 400 por metro. Acho um absurdo, porque tem camelô ali que não ganha isso, como que vai pagar? Não tem condições.

Os camelôs estavam preparados para sair, mas não dessa maneira, no tempo dessa demanda de coronavírus, não estava adequado e o Shopping não estava pronto como até hoje não está. Eles não queriam sair agora, eles queriam sair em janeiro do ano que vem e seria uma boa ideia. Tenho certeza que o governo iria ganhar pontos com isso.

Se (o governo) tem 20 anos, poderia passar mais seis meses. Qual o problema? Houve esse impasse, mas não posso negar, ficou bom. Bom mesmo seria que os camelôs ficassem juntinhos da gente, mas não tem jeito. Teve aí o Shopping que eu chamo do malvadeza, porque enganou demais os camelôs. O centro está bonito, falta ele fazer um Centro bacana.

Ac – O senhor falou que a ideia é construir um hospital municipal. Essa seria a principal obra se o senhor conseguisse ser eleito?

RN – Com certeza. Estou há 20 anos na minha empresa e nunca esqueci as filas de gente que chegavam com receita, que iam para a Secretaria de Saúde e não conseguia. Naquele tempo, eu nem pensava em política e eu realmente acudia muita gente. Teve uma senhora, hoje tem 20 anos, ela chegou e me apresentou o filho: “Está vendo esse rapaz, foi o senhor que salvou”. E eu disse: “Quem salva é Deus”. Mas ela me disse que era muito dinheiro, na época, e que ela jamais pensaria que eu ia ajudá-la. Disse que todos os dias ela reza por mim. Dessas e outras… muitas aconteceram. Com isso, eu pensei, cadê o prefeito? Poderia fazer um hospital municipal. Fui colocando na cabeça e, em 2010, fui candidato a deputado, mas não fui eleito. Em 2018, passei o tempo todo batendo por José Ronaldo, que estava apoiando no início, para construir o hospital e até hoje não fez. Por isso, no meu governo eu garanto, é prioridade o hospital.

Fui candidato a deputado estadual em 2010. Tive 2 mil e poucos votos. Em 2018, fui novamente a deputado federal. A minha campanha era de José Ronaldo, tinha para mais de cem cabos eleitorais e os meus votos iriam sair do DEM. Ele teve uma briga comigo e faltando 15 dias, praticamente abandonei minha campanha. Larguei pra lá, mas tive uns votinhos.

Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

AC – O senhor tem ideia do tamanho dessa cidade? Sabe como administrar uma cidade do porte de Feira de Santana?

RN – Eu moro aqui há quase 50 anos. Quando fui candidato, em 2010, andei Feira toda. Nessa de 2018, não andei quase nada, praticamente nem saí de dentro de Feira. Mas em 2010, eu andei os quatro cantos de Feira e é muito grande, mas eu sei que vou dar conta. Primeiro, vou contratar uma equipe de alta qualidade para estar comigo, uma equipe sábia porque já tenho experiência. Como empresário, tenho experiência larga e como prefeito é a mesma coisa, é saber lutar com gente, é gostar de gente, é saber negociar com os fornecedores. Tenho certeza que eu vou dar conta da minha querida Princesa do Sertão.

AC – A maior estrela do PRTB no Brasil é o vice-presidente, general Mourão. O senhor vai convidá-lo para ajudar em sua campanha? Como está esse entendimento?

AC – Com certeza. Já falei com meu presidente (estadual do PRTB), que é da Luz. Falei com ele que eu preciso ir à Brasília, para conversar com o vice presidente Mourão e, se possível, conversar até com o presidente que nós apoiamos. Estava apoiando José Ronaldo e João Henrique para governo. Essa campanha em 2018 foi toda em cima, para eleger o presidente Bolsonaro. Com certeza, vou visitar Levy (Fidelix, presidente nacional do PRTB) e vamos tirar umas fotos e vídeos. Da Luz me garantiu que vai me levar.

AC – Como o senhor chegou ao PRTB? O partido vai dar apoio a sua candidatura?

RN – Da luz que me convidou. Ele diz que vai me dar apoio, sim. Se não fosse me dar, ele não tinha me aprovado. Vai me dar apoio e vamos rumo a vitória. Ele sabe que tenho um conhecimento muito bom e vai me dar o melhor possível de apoio.

AC – O partido do senhor não tem horário eleitoral no rádio e na televisão. O PRTB tem fundo partidário?

RN – Não temos. A gente não tem esse direito nem na TV, nem no rádio. Nosso presidente Levy, ele é contra esse fundo partidário. Mas vamos fazer uma campanha do povo, vou me jogar nos braços do povo e tenho certeza que vão entender esse cabra retado que veio da Paraíba, um sofredor, um filho de agricultor que, quando chegou aqui, foi servente de pedreiro e virou essa monstruosidade no ramo de roupas, graças a Deus. A nossa loja é conhecida até no exterior. Feira me conhece, sabe que sou um homem de trabalho e tenho certeza que não vou fazer feio com o povo, principalmente com os mais humildes e carentes.

AC – Quais são as considerações finais do senhor?

RN – Queria, nesse momento, falar com o povo, que estou aqui e quero ser prefeito. Quero ser o prefeito do seu coração e do coração de Feira de Santana. Quero ser prefeito, para reconstruir a cidade que está arrasada. Aqui falta tudo e eu tenho certeza que vou cuidar da cidade, principalmente dos mais humildes e dos mais carentes. Por isso, eu peço o seu voto. O voto de amizade, o voto do fundo do coração. Estou aqui para alavancar, renovar a cidade.

Já falei e vou dizer novamente: o povo está morrendo e governo atual não está nem aí. Veja que de 20 anos para cá, quantas pessoas não morreram por causa da saúde. Ele deveria ter feito o hospital, porque dinheiro tinha. Levaram R$ 100 milhões da Secretaria de Saúde, dava pra ter construído um dos maiores hospitais da Bahia. Com isso, não tinha morrido quase ninguém. Agora, quantas família perderam seus entes queridos por causa desse prefeito? O prefeito que está aqui, não merece a cidade, acabou com a cidade. O transporte não existe, existem latas velhas. No meu governo, vou trocar a frota com poltronas confortáveis. No distrito, não vai faltar nem ônibus e nem estrada boa, essa que é a verdade. Por isso, acredite nesse homem, tenho muitos projetos, para mais de 180. Vamos fazer uma Feira de Santana que você quer.

Não dá para citar todos os projetos. Tem saúde, transporte, BRT e tem um que está faltando o juízo, que depois o povo vai saber. Feira de Santana precisa mudar e a mudança é Rei Nelsinho. Vamos rumo a vitória. Dia 15 de novembro, se junte a nós. Vamos ter a vitória que está engasgada em nossas gargantas, vamos ter uma vitória maciça. Por isso, vote, Nelson Roberto, prefeito do seu coração.

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