Bahia

Adab fiscaliza divisas e comércio para garantir entrada de mudas seguras

Em vários pontos do estado, nas barreiras fixas e móveis,ou no comércio, as vendas têm sido fiscalizadas.

23/09/2020 às 08h39, Por Maylla Nunes

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Segundo estado em área plantada com cítricos, a Bahia exporta frutos frescos para diversos países com regras rigorosas para entrada de produtos e gera, a partir dos 38 mil hectares, cerca de 100 mil empregos diretos e indiretos. Para preservar o diferencial do estado que se mantém livre de pragas importantes na lavoura, a ADAB (Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia) investe no monitoramento e fiscalização de sementes, mudas, estacas e borbulhas, material propagativo de doenças e que podem contaminar os plantios. Em vários pontos do estado, nas barreiras fixas e móveis,ou no comércio, as vendas têm sido fiscalizadas.

“A ocorrência de doenças como a HLB dos citros (Greening) e Cancro Cítrico está amparada pela legislação que obriga a erradicação de árvores, como aconteceu em São Paulo que teve que erradicar o equivalente a três vezes e meia o tamanho do parque citrícola baiano por causa do Greening, entre 2008 e 2019, portanto, ainda merecendo atenção de todos. Ou seja, foram eliminadas 55 milhões de árvores adultas. Os prejuízos são incalculáveis para a economia, o desemprego se multiplica e o meio ambiente é duramente atingido”, explica a coordenadora do Projeto Fitossanitário dos Citros, dra. Suely Brito.

Na segunda (21), as equipes da ADAB atuaram em Teixeira de Freitas, extremo sul da Bahia, quando foram apreendidas 92 mudas cítricas e depois destruídas. “As mudas eram oriundas de Minas Gerais, estado com ocorrência de pragas regulamentadas e que até o momento a Bahia é zona livre”, diz o fiscal estadual agropecuário Epaminondas Peixoto.

Estratégia

Na terça (22) as equipes aturaram no Posto do Rosário, divisa com Goiás, Território da Bacia do Rio Corrente e por onde entram diariamente no estado, dezenas de toneladas de cargas agropecuárias.

“A sanidade e qualidade são fundamentais para preservação do patrimônio fitossanitário e consequente produção de alimentos seguros, e que estejam compatíveis com a exigência dos mercados importadores internacionais” diz o responsável técnico de Trânsito Vegetal, Uilian Almeida.

“A defesa agropecuária é uma política pública que pressupõe a responsabilidade compartilhada, por isso chamamos atenção da população para entender a questão e defender as cadeias produtivas do estado, não somente agricultores, transportadores e comerciantes de frutos e mudas, mas também a sociedade”, destaca Suely Brito.  

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