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Ampliação de banco será destaque no segundo dia de encontro do Brics

Líderes também discutirão recomendações do setor privado

14/11/2019 às 08h11, Por Andrea Trindade

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Agência Brasil – O reforço do Novo Banco de Desenvolvimento (também conhecido como Banco do Brics), o fechamento de acordos e a discussão de recomendações do setor privado serão destaques no último dia da 11ª Reunião de Cúpula do Brics, grupo formado pelo Brasil, a Rússia, Índia, China e África do Sul. No fim do encontro, os chefes de Estado e de Governo do grupo apresentarão uma declaração conjunta.

Às 8h50, o presidente Jair Bolsonaro e os quatro líderes do grupo – os presidentes Vladimir Putin (Rússia), Xi Jiping (China), Cyril Ramaphosa (África do Sul) e o primeiro-ministro Nahendra Modi (Índia) – chegarão ao Itamaraty. Por volta das 9h15, eles tirarão a foto oficial do encontro.

Às 9h30, os mandatários farão uma reunião fechada, de cerca de uma hora. Em seguida, participarão da sessão plenária, onde apresentarão as conclusões da reunião e anunciarão acordos de cooperação.

Às 12h, os presidentes e o primeiro-ministro terão uma reunião com o Conselho Empresarial do Brics. No encontro, os líderes empresariais dos países do grupo apresentarão uma lista de 23 recomendações, que abrangem a facilitação de comércio, o fortalecimento do Novo Banco de Desenvolvimento (com investimentos em energia limpa e em países fronteiriços do bloco), o desenvolvimento de competências profissionais e acordos de cooperação em dez setores, entre os quais indústria 4.0, biotecnologia e infraestrutura.

Instalado em 2015, com sede em Xangai (China), o Novo Banco de Desenvolvimento tem como objetivo se constituir em fonte alternativa de financiamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial. O capital da instituição foi formado com US$ 10 bilhões de cada membro do Brics, mas o banco está aberto a receber países de fora do grupo como sócios.

Encontros bilaterais

Às 13h, os líderes do Brics almoçarão no Itamaraty, marcando o encerramento da reunião de cúpula. Ao longo da tarde, o presidente Jair Bolsonaro terá duas reuniões bilaterais. A primeira será com o presidente russo, às 16h. Às 17h, Bolsonaro se encontrará com o presidente sul-africano.

As audiências completam a série de encontros bilaterais de Bolsonaro com os demais líderes do Brics. Ontem (13), o presidente brasileiro se reuniu-se com o presidente chinês, de manhã, e com o primeiro-ministro indiano, à tarde.

A 11ª Reunião de Cúpula do Brics começou ontem em Brasília. Além de encontros entre os chefes de Estado, a cúpula teve eventos paralelos, como o Fórum Empresarial, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com a participação de 500 empresários dos países do grupo. O fórum teve como objetivo identificar oportunidades de cooperação entre as empresas e consolidar as propostas do setor privado.

Relação do Brasil com parceiros do Brincs

África do Sul – O Brasil e a África do Sul tem uma parceria estratégica lançada em julho de 2010 com foco à cooperação em ciência e tecnologia e em educação. Em 2017, após 12 anos de embargo, a África do Sul reabriu o mercado para a carne brasileira. A relação comercial entre os dois países movimentou US$ 2 bilhões em 2018.

China – As relações entre Brasil e China foram estabelecidas em 1974. Naquele ano, foram abertas as embaixadas do Brasil em Pequim e da China em Brasília. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil e tem sido uma das principais fontes de investimento externo no País.)

Índia – As relações diplomáticas entre o Brasil e a Índia começaram em 1948. A partir da década de 1990, o relacionamento político e econômico ficou mais intenso. Desde a década de 2000, foi estimulada a cooperação principalmente com o estabelecimento de uma parceria estratégica. O intercâmbio comercial chegou a US$ 7,5 bilhões em 2018, com destaque para investimentos no setor de transmissão de energia, defensivos agrícolas e fabricação de veículos pesados

Rússia – As relações diplomáticas entre Brasil e Rússia começaram em 1828. Em 2002, as relações entre os dois países foram alçadas ao patamar de parceria estratégica. Desde então, há uma crescente ampliação nas relações bilaterais em foros internacionais como Nações Unidas, BRICS e G20. Em 2010, foi assinado o Plano de Ação da Parceria Estratégica, que define objetivos, metas e orientações para as relações bilaterais.

Com informações do Ministério das Relações Exteriores (MRE)

  

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