Dilton e Feito
Reforma da Previdência ressalta proeminência de Otto Alencar no governismo
Dos 15 deputados ligados ao governador Rui Costa (PT) que votaram a favor das mudanças na Previdência, entre os 29 deputados que integram a mesma bancada, cinco são do PSD, partido do senador Otto Alencar, que fez questão de antecipar o posicionamento favorável do partido às mudanças.
13/07/2019 às 14h49, Por Rachel Pinto
A votação da reforma da Previdência, aprovada em primeiro turno pela Câmara dos Deputados esta semana, deu mais fisionomia a uma liderança que, provavelmente por decisão própria, continua sombreada no âmbito das forças que orbitam em torno do governo estadual, mas também, por decisão própria, pode não demorar a aparecer. Dos 15 deputados ligados ao governador Rui Costa (PT) que votaram a favor das mudanças na Previdência, entre os 29 deputados que integram a mesma bancada, cinco são do PSD, partido do senador Otto Alencar, que fez questão de antecipar o posicionamento favorável do partido às mudanças. Segundo alegou, Otto recebera delegação do próprio governador para negociar o apoio de sua turma à aprovação do texto-base em troca de benefícios para o Estado da Bahia que, para os entendidos em política, podem ser considerados uma mera abstração. A título de justificativa ou não, o fato é que, não contente em ajudar o governo de Jair Bolsonaro (PSL) a aprovar a reforma, o senador ainda criticou duramente membros da bancada do governador, representantes do PT, seu partido, do PCdoB e do PSB, por se desviarem da orientação. E, o mais curioso, só ouviu resposta dos petistas. Se a situação mostrou que Otto estava respaldado, e muito bem respaldado, pelo governador, para organizar o apoio à reforma e ainda criticar os “dissidentes”, indicou ainda que ele pode estar sendo escolhido pelo próprio Rui para um papel de protagonismo em seu grupo. Não deve ser coincidência que a proeminência do senador se inicie, ainda que em torno de tema impopular no Estado, num momento em que as discussões sobre as eleições do próximo ano, mas principalmente a respeito da sucessão ao governo, em 2022, começam a circular livremente no campo governista. As informações são do site Política Livre.
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