Educação

'Se não houver devolução do corte de salários, ano letivo será inviabilizado', diz presidente da APLB

A sindicalista comentou que o governo municipal está adotando uma postura que está desacreditando os professores e funcionários da rede municipal de ensino.

25/04/2019 às 10h49, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

Atualizada às 13:40

Marlede Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (APLB), informou na manhã desta quinta-feira (25), em entrevista ao Acorda Cidade, que mesmo o sindicato tendo feito um acordo com o governo municipal no Ministério do Trabalho, no dia 10 de abril, para que não houvesse o corte dos salários dos professores em virtude da greve, o prefeito Colbert Martins e a secretária Jayana Ribeiro, descumpriram o que foi combinado e os professores tiveram os seus salários cortados.

De acordo com ela, houve casos de professores que tiveram cortados dos seus salários valores de 3 a 5 mil reais. Marlede frisou ainda que se o governo não devolver os valores que foram descontados, o ano letivo será inviabilizado.

“É um governo que não se pode acreditar. Negocia, faz um acordo na justiça, depois corta os salários. Se não devolver imediatamente os salários dos professores, não vai haver reposição e se não houver reposição não vai haver ano letivo”, afirmou.

A sindicalista comentou que o governo municipal está adotando uma postura que está desacreditando os professores e funcionários da rede municipal de ensino.

Leia também: Professor receberá valor de contribuição financeira, descontado em março, em folha complementar

Prefeito nega existência de acordo

Já o prefeito Colbert Martins, também em entrevista ao Acorda Cidade, negou a existência de acordo para não cortar ponto e afirmou que a greve acabou por determinação judicial do Tribunal de Justiça da Bahia, que autorizou, inclusive, o corte pontos e ameaçou multa diária de R$ 10 mil à APLB, caso não cumprisse a medida. “Então, não houve nenhum tipo de acordo em nenhum momento e a prefeitura entende quem trabalhou recebe e os que optaram por não trabalhar têm, evidentemente o, ponto cortado”, frisou.

O prefeito reconhece, entretanto, a existência do documento assinado no Ministério do Trabalho durante reunião entre representantes do órgão da APLB e prefeitura, mas alega que o que teve por parte do MPT foi uma solicitação para não cortar os pontos que poderia ser acatada ou não e ressalta que não é justiça do trabalho que julga as ações da prefeitura com os professores. “A solicitação feita não é atendida, porque não se trata de solicitação do Ministério Público Federal, que é do âmbito nacional”, ratificou.

"Ação mesquinha"

Sobre a afirmação da professora Marlede Oliveira que se a prefeitura não devolver os valores correspondente ao corte dos pontos, não haverá reposição de aulas, o prefeito diz que prefere não acreditar nessa “ação mesquinha de professores contra alunos”. “Se isso acontecer, será uma vingança mesquinha contra alunos. Isso não atinge a prefeitura, atinge as crianças, principalmente as que vão fazer a Prova Brasil em julho. Eu vou aguardar com muito cuidado esse tipo de posicionamento que não acredito ser dos professores, mas de uma direção de sindicato que acredito estar confundindo política com trabalho. Se isso tiver que acontecer, tomarei todas as medidas necessárias a favor dos estudantes e dos pais desses alunos”, salientou.
 

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