Saúde
Mioma: tumor quase sempre benigno que afeta o útero mais de 5 a cada 10 mulheres em idade fértil
Embolização é uma técnica moderna, segura e garante preservação do útero para futuras gestações
21/03/2019 às 07h47, Por Maylla Nunes
Acorda Cidade
Bastante comum, o mioma é um tumor quase sempre benigno que afeta o útero mais de 5 a cada 10 mulheres em idade fértil. Relacionado aos níveis do hormônios femininos, o mioma uterino pode provocar muitos problemas.
Segundo o radiologista intervencionista e angiorradiologista, André Moreira de Assis, do Criep – Carnevale Radiologia Intervencionista Ensino e Pesquisa, a desinformação sobre a doença é muito prejudicial. “Quando a mulher que convive com o problema não tem acesso aos tratamentos adequados, a consequência pode ser o agravamento dos sintomas e da própria doença.” explica o médico.
Desfazer mitos e conhecer as características dos miomas é fundamental para a boa qualidade de vida da paciente, ainda mais quando existe a facilidade para encontrar inverdades sobre o tema, o médico André Assis desmitifica esses tumores:
Mito 1 – Miomas uterinos sempre causam sintomas
“Não é bem assim. Estudos indicam que cerca de 30 a 50% das mulheres que têm o problema desenvolvem quadros mais complicados”, conta o médico. O sintoma mais frequente é o sangramento vaginal intenso (durante ou fora do período menstrual), seguido de outros, como dor ou pressão pélvica, aumento da frequência urinária, e dor durante à relação sexual. Em casos mais extremos, os miomas podem estar relacionados a dificuldades para engravidar. A medicina possui um amplo arsenal de recursos para amenizar ou eliminar completamente esses sintomas.”
Mito 2 – Miomas só acometem mulheres mais velhas
“Aproximadamente 50 a 70% das mulheres desenvolverão a condição ao longo da vida, com maior incidência entre 35 e 50 anos. No entanto, mulheres mais jovens também podem ter miomas. Se tiverem alguns dos sinais descritos acima, é aconselhável consultar um ginecologista”, orienta Dr. André. Após a menopausa, os miomas costumam reduzir de tamanho e parar de causar sintomas.
Mito 3 – Miomas em crescimento podem se tornar tumores malignos
“Miomas são tumores benignos. A ideia de que a presença de um mioma uterino aumenta as chances de ter câncer no útero ou em outros órgãos não tem suporte científico”, diz Dr. André Assis. Também é muito raro confundir miomas com tumores malignos do útero durante o diagnóstico. Exames de imagem como a Ultrassonografia e a Ressonância Magnética complementam a avaliação clínica e ajudam no diagnóstico adequado e na melhor caracterização dos miomas.
Mito 4 – Se os miomas causam sofrimento e a mulher não quer ter filhos, o melhor é retirar o útero
A retirada do útero (histerectomia) é uma das opções de tratamento para miomas sintomáticos em mulheres que não desejam mais ter filhos. Entretanto, atualmente existem outras técnicas que não necessitam da retirada do útero, sendo as principais a embolização e a miomectomia. Para definir a opção de tratamento, é muito importante o médico discutir com as mulheres aspectos como a intensidade dos sintomas e os desejos de futuras gestações e da manutenção do útero. O melhor caminho é que a escolha seja fruto de uma conversa profunda e aberta entre a equipe médica e a paciente, avaliando os riscos e as vantagens e desvantagens de cada modalidade de tratamento.
Mito 5 – Os miomas uterinos não diminuem sem tratamento
Os miomas são hormônio-dependentes. Eles crescem com o estímulo do estrogênio e também pela progesterona, dois hormônios femininos. Com a chegada da menopausa, quando a mulher não ovula e não menstrua mais, a produção hormonal fica reduzida a quantidades muito pequenas. Segundo o médico, a ausência dos hormônios leva à redução do tamanho dos miomas e ao desaparecimento dos sintomas relacionados. De todo modo, é necessário que os miomas sejam monitorados regularmente pelo médico especialista.
O médico pontua também, que a embolização dos miomas uterinos é um exemplo de terapia minimamente invasiva guiada por imagem que melhorou o padrão de cuidados e a qualidade de vida de muitas mulheres. “Além de evitar a retirada do útero, a embolização oferece um período de recuperação muito mais curto do que as opções cirúrgicas convencionais” conclui o especialista.
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