Fraternidade sem Fronteiras

De volta a Feira de Santana, casal de médicos comenta experiências vividas na África e planos para novas missões

Os médicos contaram ao Acorda Cidade quais foram os aprendizados durante a viagem, que durou de 21 de janeiro até 8 de fevereiro e que promoveu uma série de transformações e reflexões na vida de cada um.

13/02/2019 às 12h33, Por Rachel Pinto

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Rachel Pinto

O casal de médicos Rui Nei Araújo, de 36 anos (neurocirurgião), e Anne Stephany, de 30 anos (nutróloga e médica do sono) está de volta a Feira de Santana, após participarem como voluntários de uma missão em Madagascar, na África. Nesta quarta-feira (13), eles concederam uma entrevista muito especial ao Programa Acorda Cidade na Rádio Sociedade News 102.1 (FM).

No último dia 6 de fevereiro, eles foram protagonistas de uma reportagem do site Acorda Cidade e emocionaram muitas pessoas com os seus relatos sobre a viagem e a experiência de ajudar pessoas vítimas da fome, doenças graves e muito sofrimento.

Foto: Arquivo Pessoal

Os médicos contaram ao Acorda Cidade quais foram os aprendizados durante a viagem, que durou de 21 de janeiro até 8 de fevereiro e que promoveu uma série de transformações e reflexões na vida de cada um, principalmente enquanto seres humanos. A missão em Madagascar foi uma ação do Projeto Fraternidade sem Fronteiras, que funciona desde 2009 e começou através do voluntário Wagner Moura, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Atualmente, a iniciativa está em seis países, inclusive no Brasil. Realiza um trabalho humanitário e fraterno para famílias mais carentes.

Para Anne, a vivência com as crianças vítimas do sarampo na África e suas famílias foi muito desafiadora e ao mesmo tempo extraordinária.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

“Chegamos com uma ideia, e logo depois foi mudada. Não nos preocupamos com riscos de doenças ou qualquer outro obstáculo. São pessoas tão amorosas, bondosas e unidas. Chegar lá não significa no ambiente territorial, mas enxergar a dor do outro e aceitar, pois esse é o primeiro passo da doação”, disse.

Como ajudar o Projeto Fraternidade Sem Fronteiras

Depois de mergulhar em todo o propósito do projeto na África, Rui e Anne retornaram para Feira de Santana com o objetivo de viajar para o continente africano em breve e com o compromisso de divulgar as ações e conseguir mais doações para que a iniciativa continue. Eles também prosseguem as suas atividades profissionais e voluntárias em Feira de Santana e por onde andam cativam as pessoas com seus testemunhos e mensagens inspiradas pela fé e a presença divina.

Rui explicou que qualquer pessoa que tenha interesse pode apadrinhar uma criança que é acompanhada pelo Projeto Fraternidade sem Fronteiras. Ele frisou também que praticar a solidariedade e amor ao próximo não se resume a ajudar as pessoas da África, mas cada um pode fazer a sua parte independente do lugar.

Seja em sua comunidade, seu bairro, ou qualquer lugar que necessite de contribuição, para ele, ajudar o próximo é mais do que o exercício da profissão de médico e tanto ele como a esposa buscam fazer o bem enquanto pessoas e com o objetivo de sentirem-se úteis às causas do outro e, consequentemente, ficam gratos por todo amor que recebem em troca.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

“Com apenas uma quantia de 50 reais você alimenta uma criança de Madagascar por mês. Você garante alimentação, água limpa, condições dignas e quando Wagner Moura (fundador do Fraternidade sem Fronteiras) descobriu isso, ele se comprometeu com esse cuidado às aldeias e que ele ia cuidar da desnutrição. Disse que não sabia como, mas que Deus ia mostrar o caminho. Três dias depois, entrou uma doação de 60.000 reais, que permitiu começar o projeto. O projeto não pode começar e parar. Uma das coisas que a gente se comprometeu foi de abraçar essa causa, levar essa mensagem a todas as pessoas que pudéssemos e é muito simples. Com 50 reais por mês, você salva a vida de uma criança e, às vezes, gastamos esse valor com coisas bobas. O site “Fraternidade sem Fronteiras”, na missão Madagascar, tem um link que você pode clicar e apadrinhar uma criança ou quantas desejar. Se ele conseguir mais de 2.000 apadrinhamentos, ele consegue manter todas essas famílias que foram encontradas com desnutrição para que não haja mais desnutrição. Nessa etapa agora ele está construindo uma escola, como venceu a fome inicialmente, o valor das doações iam para a escola. Como ele não sabe se vai receber essa doação, infelizmente teve que segurar o dinheiro. A prioridade é cuidar da fome, logo após vem a educação”, relatou.

Missão Canudos

O casal faz questão de ressaltar que o compromisso com a solidariedade ultrapassa todas as fronteiras da cidade, do estado, do país e do mundo. Sempre é tempo e oportunidade de fazer o bem e algo de bom. A próxima aventura solidária e humanitária de Rui e Anne será durante o Carnaval, no município de Canudos, localizado no sertão da Bahia. Rui frisou que para essa missão há uma necessidade de alguns medicamentos para realizar o atendimento médico.

Foto: Orisa Gomes/Acorda Cidade

“Estamos indo para Canudos já no fim do mês e período do Carnaval. Se algum laboratório se disponibilizar a doar remédios de verme, analgésicos, nós ficamos agradecidos pois vamos dar atendimento médico a uma população muito carente”, afirmou.

 

As doações podem ser entregues no consultório da clínica Nutrofit. Mais informações: Telefone: (75) 9235-2000.

 

Para conhecer mais sobre o Projeto Fraternidade em Fronteiras e como é possível apadrinhar uma criança de Madagascar na África acesse: https://www.fraternidadesemfronteiras.org.br/portfolio/acao-madagascar/
 

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