Feira de Santana

Vara do Júri de Feira retoma julgamentos dos processos a partir do dia 14 de fevereiro

De acordo com a juíza Márcia Simões, há júris marcados de réus presos até junho desse ano e a pauta para o mês nacional do júri já está sendo feita para novembro.

11/02/2019 às 11h16, Por Kaio Vinícius

Compartilhe essa notícia

Laiane Cruz

Atualizada às 19h50

No próximo dia 14 de fevereiro, a Vara do Júri de Feira de Santana dará início aos julgamentos dos processos. Os júris ocorrerão em fevereiro e março, e em seguida haverá um intervalo de 20 dias, antes do seu recomeço em abril.

De acordo com a juíza Márcia Simões, há júris marcados de réus presos até junho desse ano e a pauta para o mês nacional do júri já está sendo feita para novembro, colocando os processos de réus soltos para esse período.

“A expectativa para 2019 é a melhor, no sentido de conseguir realizar todos os julgamentos pautados. Então com isso teremos em torno de pelo menos 60 julgamentos realizados. No ano passado, alguns processos tiveram que ser tirados de pauta por conta de problemas com a defesa, os advogados renunciaram, houve a transferência da defensora pública de Feira de Santana para Salvador, enfim, alguns contratempos que impediram de realizar os júris pautados”, afirmou a juíza.

De acordo com a juíza Márcia Simões, um dos júris que será realizado este ano é o do reú Igor Tosta Lopes, acusado de matar a namorada Wagna Andrade Soares, que era subtenente da Polícia Militar. O crime ocorreu no dia 30 de março de 2017.

“Esse processo vai fazer dois anos e poderia ter sido julgado antes. Nesse caso, especificamente, do Senhor Igor Tosta, a mídia da instrução criminal deu um problema e eu tive que repetir a instrução, por isso só veio a julgamento agora. Era pra ter acontecido ano passado, mas por conta desse contratempo temos que repetir as audiências. Também não houve recursos sentido distrito, a defesa entendeu que não era necessário fazer o recurso, nem o ministério público, e nós remarcamos para o dia 28 de fevereiro”, informou.

Apesar do número elevado de homicídios em Feira de Santana – em 2018, foram registrados 356 crimes deste tipo – a juíza Márcia Simões observa que o número de autores identificados e levados a julgamentos é muito baixo.

“Se todos os crimes fossem elucidados, nós teríamos que ter pelo menos 4 a 5 varas de júris em Feira de Santana, para conseguirmos dar andamento a esses processos. A pauta de julgamento é feita segundo o que o código de processo penal estabelece. Réu preso tem prioridade, ainda mais aqueles que estão presos há mais tempo, e também aqueles que foram pronunciados primeiro. A pronúncia ocorre depois que nós conseguimos fazer instrução do processo, ouvindo todas as testemunhas arroladas pelo ministério público em defesa e o próprio interrogado”, explicou.

Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade