Novembro Negro
Sociólogo afirma que educação é o caminho para combater o racismo
Ricardo Aragão afirmou que o racismo no Brasil acontece no campo da pessoalidade.
21/11/2018 às 11h47, Por Rachel Pinto
Rachel Pinto
O dia 20 de novembro celebra o dia da Consciência Negra. Um marco histórico na sociedade brasileira e o dia da morte de Zumbi dos Palmares. Ele foi uma grande liderança negra e lutou para preservar o modo de vida dos africanos, escravizados que conseguiam fugir da escravidão e constituíam os quilombos. A escravidão no Brasil durou 400 anos e deixou marcas que até hoje se sobressaem na sociedade. O Novembro Negro, mês que tem o Dia da Consciência Negra traz as reflexões sobre como a cultura escravista ainda está impregnada no dia a dia, as lutas para combater o racismo, o preconceito e como acontece o processo de reparação social para o povo negro. Além disso, a consolidação das suas lutas, seus direitos e o que mais precisa ser conquistado.
O sociólogo Ricardo Aragão explicou que o dia 20 de novembro e as celebrações durante todo o Novembro Negro convidam a sociedade a refletir sobre o negro na sociedade e sua importância. Para ele, a chaga da escravidão ainda está aberta e apesar da abolição. A cor da pele ainda é um fator condicionante para as relações, as oportunidades, assim como o racismo é evidente.
Foto: Paulo José/Acorda Cidade
“O dia 20 remete a luta dos palmarinos. Por uma sociedade mais justa e igual. Nós temos 34% da população brasileira hoje que é autodeclara negra. Mas, quando vamos para os extratos superiores, de renda, de educação , de acesso aos serviços, essa porcentagem cai drasticamente. Apesar do sistema de cotas que hoje tenta dar um impulso, a presença de negros no nível superior ela ainda está abaixo de 20%. Para se ter ideia, entre os 5% mais ricos da sociedade brasileira não há um único negro”, comentou.
Ricardo Aragão afirmou que o racismo no Brasil acontece no campo da pessoalidade. As pessoas exibem comportamentos racistas sem saber que estão sendo racistas. É um tipo atitude que é normalizadada e tida como comum.
“O racismo foi tido apenas como uma brincadeira. Como se sempre foi assim, às pessoas às vezes não se reconhecem racista. Uma pesquisa feita no ano de 2010, perguntou se as pessoas eram racistas e 95% da população respondeu que não se considera racista, mas 98% conhece alguém que é racista”, acrescentou.
O sociólogo afirmou que essa mudança de comportamento, de combate ao racismo e da valorização da história, da cultura do povo negro pode acontecer através da educação e do reconhecimento da importância que o negro tem na sociedade.
Para ele, quando as pessoas reconhecerem que a cor da pele, a melanina não são determinantes psicológicos nem de comportamento e todos passarem a ser respeitadas, pelas suas potencialidades uma nova visão de mundo vai acontecer.
Com informações do repórter Paulo José do Acorda Cidade.
Mais Notícias
Zouk Brasileiro e Lambada
Embrazouk 2024: congresso vira festival e transforma Feira de Santana na capital mundial da dança
O evento terá ainda a cobertura audiovisual do renomado profissional norte-americano Makana e do brasileiro Indyo.
22/04/2024 às 10h56
Dia Nacional do Livro Infantil
Psicólogo destaca principais estímulos para que crianças tenham interesse pela leitura
Além do conhecimento, a prática da leitura também envolve produção de hormônios.
18/04/2024 às 16h58
Salvador
Escritora feirense lança livro infantil sobre Alzheimer neste sábado (20)
A obra de estreia da jornalista feirense Alessandra Oliveira será lançada na semana do Livro Infantil e está à venda...
18/04/2024 às 11h01
Salvador
Raiz Livraria reúne autores baianos em Stand na Bienal do Livro
Movimento literário tem o objetivo de dar mais espaço e voz a autores nativos da Bahia.
08/04/2024 às 12h36
'Meu (Uni)Verso sobre Ti'
Escritora feirense lança nova obra no evento “Esquenta Bienal”, em Salvador
Com lançamento neste sábado (6), a escritora se prepara para participar da Bienal do Livro Bahia, nos dias 27 e...
03/04/2024 às 08h02
Podcast
Dos palcos aos resgates: conheça a história do bombeiro militar, músico e artista João Lucas "Nagô"
O bombeiro compartilhou várias experiências marcantes, incluindo sua primeira ocorrência, um fato marcante envolvendo cinco adolescentes.
01/04/2024 às 07h26