Educação

Veja as escolas que poderão ter as atividades paralisadas em 2019

De acordo com a coordenadora da educação básica do território Portal do Sertão, Waleska Cordeiro de Lima, o objetivo da reunião foi esclarecer os questionamentos.

13/11/2018 às 15h16, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Atualizada às 17:50

Professores, estudantes e diretores da APLB se reuniram na manhã desta terça-feira (13) com representantes do governo do estado para discutir a questão da municipalização das escolas da rede estadual de ensino. O encontro aconteceu no Núcleo Regional de Educação.

De acordo com a coordenadora da educação básica do território Portal do Sertão, Waleska Cordeiro de Lima, o objetivo da reunião foi esclarecer os questionamentos feitos pelos professores representados das diversas escolas, bem como dos alunos presentes, que questionaram os critérios para a municipalização.

“Nós apresentamos os critérios, a parte de estrutura física, quais escolas serão municipalizadas, o que acontecerá com os professores, que serão cedidos por tempo determinado, dependendo do convênio que será firmado com o município. Foi esclarecido que nenhum aluno ficará desassistido, e as escolas que, porventura, venham a ser extintas terão seus alunos absorvidos por escolas próximas, no mesmo bairro. Todo o estudo foi feito, como é feito anualmente, no processo de reordenamento da rede”, afirmou Waleska Cordeiro. 

Ela informou que algumas escolas deverão retornar, amanhã (14), para mais um momento de discussão, com a presença do professor Ivanberg Lima, diretor do NRE. E outras pontuaram que pretendem continuar com a mobilização, entendendo que ainda é possível reverter a municipalização.

“Quero chamar a atenção que em momento algum a rede estadual de ensino está se eximindo de ofertar o ensino e atender os alunos, tanto de fundamental quanto de ensino médio. Todo o estudo foi feito para não haver prejuízo nem para o professor nem para os alunos. E caso o município sinalize qualquer impossibilidade diante de tudo que foi decidido, com certeza não vamos nos abster de receber os alunos nas nossas escolas. Então foi tudo definido dessa forma”, destacou.

A coordenadora da educação básica do território Portal do Sertão afirmou em entrevista ao Acorda Cidade que neste momento quatro escolas serão municipalizadas (veja aqui). São elas as escolas Ecilda Ramos, Monsenhor Mário Pessoa, Ernestina Carneiro e Eduardo Fróes da Mota. E, a princípio, os professores dessas escolas ficarão à disposição do município.

“Foi um acordo, após o município ter dito que necessitaria do apoio do estado nesse momento. Então fica o prédio, todo o mobiliário e os professores emprestados ao município. A obrigatoriedade do estado e do município é de prover sempre as vagas para os alunos, que não podem ficar sem estudar, e os professores não podem ficar sem suas unidades de ensino para atuar. O estado iniciou o diálogo com o município desde maio deste ano, mas essa já é uma discussão que vem ocorrendo há alguns anos pela nova proposta da LDB.”

Em relação à possibilidade de fechamento da Escola Maria Quitéria, ela confirmou que existe uma proposta do estado para tornar o prédio da unidade de ensino em um centro cultural. “O município sinalizou a possibilidade de receber esses alunos no Colégio Joselito Amorim, e havendo a extinção dessa escola, ela provavelmente servirá como centro cultural, que é a proposta do nosso secretário de educação. Existem planos sim pra esse prédio, mas isso é algo que ainda vamos publicizar no momento adequado”, revelou Waleska Cordeiro ao Acorda Cidade.

A coordenadora acrescentou que a previsão para as mudanças ocorrerem é a partir de 2019, considerando as matrículas e um parecer do município com relação ao sexto ano. “Nos foi sinalizado que o 6º ano eles não têm como absorver os alunos de todas as escolas. Então estamos aguardando uma devolutiva da Secretaria Municipal de Educação, para saber quais são os bairros de fato que poderão ter os alunos absorvidos, para que possamos ofertar também.”

Escolas que poderão ter as atividades paralisadas a partir de 2019

A coordenadora apresentou também um documento com uma lista de escolas que, provavelmente, terão as suas atividades paralisadas a partir do ano letivo de 2019, por apresentarem baixa demanda. E os alunos dessas unidades terão a possibilidade de serem transferidos para outras escolas da rede estadual, com disponibilidade de vagas. São elas:

– Escola Estadual Proteção à Infância (API), localizada na Maria Quitéria, no bairro Queimadinha, com 115 alunos;

– Escola Juíza Lourdes Trindade, no bairro Aviário, com apenas 74 alunos;

– Escola Estadual Godofredo Filho, localizada no Jardim Cruzeiro, que tem 164 alunos;

– Escola Estadual Ubaldina Régis, situada no bairro Calumbi, com 144 alunos;

– Colégio Estadual Professora Celita Franca da Silva, no Novo Horizonte, que possui 278 alunos.

Já o Colégio Edith Mendes da Gama e Abreu, situada no bairro Brasília, conforme a Secretaria de Educação do Estado, deverá receber os alunos do Colégio Estadual Santo Antônio (Ecassa), uma vez que possui capacidade para acolher 1680 alunos e encontra-se com 178 alunos matriculados, devendo receber o número de 875 estudantes do Santo Antônio.
 

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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