Brasil

Suspeito contou que Edison Brittes saiu de casa com o intuito de mutilar Daniel Corrêa

"Houve um convite do Brittes para que eles fossem juntos para segurar o Daniel para que o Edison fizesse a castração. Eles foram espontaneamente", disse advogado do suspeito

12/11/2018 às 16h02, Por Kaio Vinícius

Compartilhe essa notícia

Redação iBahia

Um dos seis suspeitos de terem participado do assassinato do jogador Daniel Corrêa, Eduardo Henrique da Silva, contou em depoimento à polícia nesta segunda-feira (12) que Edison Brittes saiu de casa com o intuito de mutilar o atleta e abandoná-lo na rua. Estas informações foram passadas pelo advogado de Eduardo ao G1 Paraná.

Em entrevista ao G1, o advogado contou que Eduardo, Edison e mais dois outros suspeitos de participar do crime, Ygor King, de 19 anos, e David Willian da Silva, de 18 anos, bateram em Daniel quando ele ainda estava na casa do empresário. Eles aceitaram voluntariamente a proposta do empresário para mutilarem o jogador quando saíram do local.

Ainda segundo o advogado, Eduardo não teria aceitado participar das agressões se soubesse que o jogador seria assassinado. "Houve um convite do [Edison] Brittes para que eles fossem juntos para segurar o Daniel para que o Edison fizesse a castração. Eles foram espontaneamente, voluntariamente", contou o advogado do suspeito, Edson Stadler.

Mais detalhes do depoimento

O advogado relatou que, durante o depoimento, Eduardo disse que no caminho para a mutilação, Edison Brittes viu mensagens no celular de Daniel em que apareciam as fotos de Cristiana Brittes. Neste momento, o empresário ficou muito nervoso e decidiu matar o jogador, que estava no porta-malas do veículo.

"[Edison Brittes] desceu do carro e já fez o golpe no pescoço [de Daniel]. Tirou o corpo do porta-malas e arrastou", relatou o advogado do suspeito. Eduardo disse ainda, durante o depoimento à polícia, que Edison pediu ajuda dos três rapazes para levar o corpo do atleta até o matagal, mas todos se recusaram.

Ainda de acordo com o advogado, um dos rapazes que estava no carro teve ânsia de vômito ao presenciar a cena. Ele disse ainda que Eduardo estava dormindo quando foi chamado por Cristiana (mulher de Edison Brittes) quando a briga começou.

"Ele ouviu o Edison falando que o Daniel tinha tentado estuprar [Cristiana], naquele momento, com uma certa comoção, ele participou do espancamento", disse o advogado.

Eduardo Henrique é o último suspeito a ser ouvido pela polícia. Ele é namorado da prima de Cristiana Brittes e foi preso na última quarta-feira (07), em Foz do Iguaçu (PR).

Eduardo Henrique da Silva, que é namorado de uma prima de Cristiana Brittes, é o último suspeito a prestar depoimento. Ele foi preso na quarta-feira (7) em Foz de Iguaçu, onde mora.

Imagens mostram encontro entre família Brittes e testemunhas

Imagens de uma câmera de segurança de um shopping localizado próximo de Curitiba (PR), divulgadas pelo 'Fantástico' neste domingo (11), mostram o encontro da família Brittes com três testemunhas do espancamento do jogador Daniel Corrêa, que ocorreu na casa do empresário. A reunião, que teve um aparente clima de descontração entre os participantes, aconteceu dois dias após a morte do atleta.

Em entrevista ao 'Fantástico', o delegado do caso, Amadeu Trevisan, explicou que naquele momento Edison sugeriu uma história para as testemunhas. "Eles deveriam fechar que o Daniel teria saído de casa e não teria voltado e que eles formariam um elo. Se esse elo fosse rompido ele (Edison) saberia. Isso gerou uma ameaça para as testemunhas", explicou.  

Compartilhe essa notícia

Categorias

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Mais Notícias

image

Rádio acorda cidade