Festival literário

Segundo dia de Flica reúne personagens famosos na internet e lançamento de livros

á no auditório da fundação foi realizado o lançamento de livros dos autores Alex Simões e Franciel Cruz.

13/10/2018 às 06h54, Por Andrea Trindade

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O fim da tarde do segundo dia da 8ª edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) reuniu um público expressivo para acompanhar as atividades promovidas pela Fundação Pedro Calmon (FPC) na Casa do Governo/Fundação Hansen Bahia.

Na área verde do local, um bate-papo com a jornalista Maíra Azevedo, conhecida nas redes sociais como 'Tia Má', e o ator Sulivam Bispo, famoso pelo personagem 'Mainha', discutiu como a literatura e a escrita contribuem para o trabalho do digital influencer.

Já no auditório da fundação foi realizado o lançamento de livros dos autores Alex Simões e Franciel Cruz. Com uma dinâmica de compartilhamento de experiências de vida de pessoas negras e o processo árduo de construção de suas carreiras, Maíra e Sulivam prenderam a atenção das pessoas que queriam entender a contribuição da literatura no trabalho deles.

“A literatura define a minha vida, seja na escolha da profissão ou dos temas que abordo nos meus canais. Tudo perpassa o meu processo de leitura e a literatura que eu tive logo na infância. Eu entendo que quanto mais você lê, mais você produz. Leitura é libertadora e transformadora. A leitura é o alimento para aquisição de conhecimento”, revelou Maíra Azevedo.

A leitura também é um traço forte do trabalho de Sulivam Bispo. “Ler biografias de artistas e a literatura preta ajuda a construir esse arsenal histórico-poético que eu trago na minha linguagem. É importante ler as histórias de vida, como fiz com as histórias de minha avó, de minha mãe e de minha mãe de santo. Elas ajudam a compor esse legado africanizado que é o meu papel enquanto artista e humorista”, declarou.

Lançamento de livros

O livro 'Trans formas são', do poeta Alex Simões, é composto por 38 poemas e divido em três partes. Para o autor, a oportunidade de lançar o livro durante a Flica é motivo de alegria.

“Estou me sentindo literalmente em casa. Esse é o meu quarto livro de poesia e que fala muito de formas de existência e resistência através da linguagem. É uma obra que pretende refletir sobre questões que afetam o meu corpo enquanto pessoa negra, homossexual, nascida em Salvador e que é um escritor, poeta, performer que dialoga com as formas canônicas, inclusive da literatura ocidental, mas não somente isso”, afirmou.

Já o livro 'Ingresia', do escritor e jornalista Franciel Cruz, reúne 90 crônicas escritas e publicadas em jornais e blogs. Para a publicação da obra, ele recebeu a ajuda de 400 pessoas, por meio de uma 'vaquinha' online. “É um livro que surgiu por um empurrão das pessoas da rua, e Ingresia quer dizer conversa atravessada. Então, é justamente isso: eu falo e as pessoas falam ao mesmo tempo. Estar aqui na Flica é colocar essa obra na rua. É mais um momento de troca e interação com essas pessoas”, destacou.
 

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