Bahia

Idoso é resgatado de trabalho análogo à escravidão após 18 anos em empresa sem carteira assinada e sem água

Propriedade rural é localizada na BR-415, entre municípios de Ilhéus e Itabuna, no sul da Bahia. Resgate aconteceu em garagem de ônibus, na tarde de quinta-feira (16).

17/08/2018 às 16h05, Por Rachel Pinto

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Um idoso de 68 anos foi resgatado após ser flagrado em condições análogas à escravidão na garagem de uma empresa de ônibus, localizada dentro de uma propriedade rural, de mesmo dono, na BR-415, entre os municípios de Ilhéus e Itabuna, no sul da Bahia.

Foto: Divulgação / SRT-BA

Segundo informações da Supertintendência Regional do Trabalho na Bahia (SRT-BA), a vítima morava nas dependências da propriedade rural e trabalhou por 18 anos no local, sem ter a carteira assinada, sem água para consumo e higiene pessoal. O resgate foi feito por auditores do trabalho na tarde de quinta-feira (16), após uma denúncia.

Conforme a Supertintendência Regional do Trabalho na Bahia, no local não havia água para consumo e higiene pessoal. O trabalhador tinha que drenar a água da chuva através de uma calha no telhado da casa. Quando não havia água suficiente, o mesmo recorria ao rio que passava pela propriedade.

O SRT informou que o trabalhador disse, em depoimento, que a carteira de trabalho dele estava retida com o dono da empresa durante todos esses anos.

Ainda de acordo com a Supertintendência Regional do Trabalho na Bahia, o idoso vigiava a garagem que abrigava alguns ônibus, realizava a limpeza e manutenção do local, controlava a abertura e o fechamento dos portões e a retirada dos veículos pelos motoristas a qualquer hora do dia ou da noite, sempre que havia demanda.

Em nota, a SRT informou que a empresa proprietária da garagem do ônibus foi notificada pelos auditores ficais a comparecer à Gerência do Trabalho em Ilhéus, na próxima terça-feira (21), para o cálculo e pagamento das verbas rescisórias. Os relatórios sobre o resgate serão encaminhados para a Polícia Federal para a instauração de inquérito e para o Ministério Público do Trabalho (MP) para que seja aberta um ação civil pública contra a empresa.

Fonte: G1

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