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Copa na Rússia custou mais de R$ 54 bilhões, diz jornal russo

Segundo autoridades do país, esse deverá ser o Mundial mais caro da história

17/07/2018 às 07h55, Por Maylla Nunes

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O custo da Rússia de sediar o Mundial de futebol deste ano vai passar de R$ 54 bilhões (US$ 14 bilhões), tornando-a a edição mais cara da história das Copas, segundo o jornal russo Moscow Times. É a primeira vez que o país recebe o evento, mas o segundo grande encontro esportivo mundial em território russo: em 2014 o governo organizou as Olimpíadas de Inverno em Sochi.

O Moscow Times ouviu do ex-vice-primeiro ministro do país, Arkady Dvorkovich que as preparações para a Copa levaram esse montante dos cofres russos nos cinco anos que a Rússia esperou por este mês. O valor representa 1% do PIB russo, segundo a portal de negócios RBC. Só a infraestrutura de transportes custou US$ 6,1 bilhões (R$ 23,4 bilhões), enquanto as construções e reformas dos estádios consumiram outros US$ 3,4 bilhões (R$ 13,2 bilhões).

Segundo a publicação, cerca de metade dos custos oficiais da Copa foram bancados pelo governo federal. Desde que a Rússia venceu a eleição da Fifa para receber o torneio, o orçamento oficial dirigido a ele foi aumentado 12 vezes. Segundo economistas internacionais, apesar dos fluxos de dinheiro envolvidos no campeonato, qualquer crescimento econômico decorrente dele pode se dissipar rapidamente.

"Nós gastamos muito dinheiro e precisamos garantir que toda essa infraestrutura funcione, em primeiro lugar, para o desenvolvimento do esporte", disse o presidente Vladimir Putin antes do jogo entre Rússia e Espanha, em que a seleção do seu país se classificou para as quartas de final da Copa.

O país espera ver o aumento do emprego e da demanda por uma variedade de serviços e produtos depois da Copa, além do florescimento do setor imobiliário, que já aumentou o número de interessados em cada novo leilão de imóveis e de ofertas de aluguéis na capital, Moscou.

O Gaidar Institute of Russia anunciou no final do mês passado que o Mundial vai aumentar o PIB em 0,2% no segundo e terceiros trimestres do ano. O Banco Central russo acredita que esse volume também vai aumentar o consumo no mesmo período.

A Rússia construiu 108 facilidades relacionadas ao esporte para receber a Copa: 96 lugares de treinamento com capacidade para ao menos 16 mil pessoas, 27 hotéis, 26 obras de transportes e 13 hospitais foram reformados. Todas as construções, segundo as autoridades russas, empregaram 13 mil pessoas. A Copa como um todo gerou 100 mil postos de emprego no país.

O investimento da comunidade internacional também foi bastante substancial: dos cerca de 3 milhões espectadores na Rússia, se acredita que 1 milhão são provenientes do exterior. Cidades como Samara, Kaliningrado e Ecaterimburgo tiveram crescimentos de 71% em serviços turísticos, mas o governo espera que elas sigam crescendo até 50% depois do torneio.

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