Criação e inovação

Biofábrica de Cacau produz clones de cacaueiros com alta produtividade e resistentes a doenças

Para ampliar as novas tecnologias de produção na região, foi criado o Centro de Inovação do Cacau, que funciona na Uesc.

15/07/2018 às 12h15, Por Andrea Trindade

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O Festival Internacional do Chocolate e Cacau chega à 10ª edição entre os dias 18 e 22 de julho, em Ilhéus, no sul da Bahia. No município, um importante instrumento para a melhoria da qualidade e da produtividade do cacau é a Biofábrica de Cacau. A unidade é a primeira no mundo destinada à produção em escala industrial de clones de cacaueiros.

São 40 mil metros quadrados de extensão, com capacidade de armazenar 4,8 milhões de plantas, em 20 viveiros, e onde está instalado um dos maiores laboratórios de micropropagação do pais, além de um banco de dados e conhecimentos em protocolos técnicos e científicos certificados por órgãos renomados.

Foto: Daniel Thame/GovBA 

Também estão sendo desenvolvidos na Biofábrica, que é vinculada ao Governo do Estado, experimentos de melhoramento genético e certificação. “Estamos produzindo material de alto valor agronômico agregado, com certificação do Ministério da Agricultura, qualidade e acessibilidade aos produtores”, explica o diretor da Biofábrica, Lanns Almeida.

“Isso tem um impacto positivo na base produtiva, especialmente na agricultura familiar e também na conservação dos ativos florestais, já que atuamos na produção de mudas para restauração da mata nativa”, acrescenta.

Centro de Inovação do Cacau

Foto: Daniel Thame/GovBA 

Para ampliar as novas tecnologias de produção na região, foi criado o Centro de Inovação do Cacau, que funciona na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Ele é parte do Parque Científico e Tecnológico do Sul da Bahia (PCTSul), uma parceria do Governo do Estado com a Comissão Executiva Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Instituto Federal da Bahia (Ifba), Instituto Federal Baiano (IFBaiano) e Uesc.

O CIC tem foco na criação e inovação da cadeia produtiva do cacau e chocolate. O cento realiza serviços como análises físico-químicas e análise sensorial, em busca da melhora da produtividade, qualidade e rastreabilidade das amêndoas, viabilizando o fortalecimento da inserção do cacau baiano nos circuitos produtores de chocolates finos e de origem. Oferece ainda equipamentos com tecnologia de última geração e vai instalar uma planta industrial que permitirá aos produtores a fabricação de marcas regionais de chocolates finos.

“Esse trabalho permite o mapeamento de agricultores e a abertura de novos mercados. Estamos atuando no sentido de que o Brasil seja reconhecido como um país que produz cacau de qualidade, especialmente na Bahia, valorizando o chamado cacau com certificado de origem”, afirma o diretor do Centro de Inovação do Cacau, Cristiano Vilela.

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