Feira de Santana
Simulado de desastres em massa promove integração de várias corporações em Feira de Santana
Para a coordenadora do Samu, as simulações têm grande importância pra prevenir grandes acidentes e não se deve esperar o problema acontecer para agir de forma primitiva.
13/06/2018 às 13h28, Por Rachel Pinto
Rachel Pinto
Aconteceu, na manhã desta quarta-feira (13), na Avenida Nóide Cerqueira em Feira de Santana o Simulado de Desastres em Massa coordenado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A ação reuniu várias forças que atuam na cidade como Corpo de Bombeiros e Polícia Militar (PM). A simulação escolhida como tema foi de um incêndio relacionado ao uso de fogos.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Maisa Macêdo, coordenadora do Samu, considerou o momento como uma grande aula aberta e um trabalho de prevenção de problemas. Segundo ela, a escolha de incêndio para ser o tema chama a atenção para casas de shows que realizam eventos pirotécnicos e também o período junino que é comum as pessoas utilizarem fogos.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“O Samu coordena essas simulações porque na verdade a gente juntamente com todas as instituições, acreditamos que o planejamento para desenvolver ações com qualidade, é necessário treinar, organizar e direcionar. A gente trabalha com um sistema de comando de incidentes que é um sistema internacional, aprovado em todo o um mundo e nós no Brasil devemos evoluir nessa perspectiva, de trabalhar com prevenção, com planejamento e como enfrentar uma situação de desastre, uma situação dessa magnitude que são várias fragilidades. Que muitas vezes é necessário, um atendimento não só de horas, mas de vários dias e para isso as equipes precisam estar preparadas. Não se prepara uma equipe apenas com treinamento e sim com uma sequência de orientação, de treinamento e de coordenação”, explicou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Para Maísa, as simulações têm grande importância pra prevenir grandes acidentes e não se deve esperar o problema acontecer para agir de forma primitiva.
"Envolve várias instituições e foi para todo o público de Feira de Santana, para toda a o população da microrregião e toda a população da Bahia e do Brasil. Nós precisamos pensar, articular e ser estrategista para melhorar as condições de saúde da nossa população, não podemos esperar o problema acontecer", frisou.
3º Cidem
O professor Jeidson Marques, presidente do 3º Congresso Internacional de Desastres em Massa (Cidem), que ocorrerá em agosto em Feira de Santana, também participou da simulação. Ele contou sobre a sua experiência com o congresso e a sua relevância mundial. Jeidson destacou a necessidade da integração das forças em momentos de desastres e sua influência para o planejamento de ações.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
"O projeto Cidem começou em 2014, como projeto de extensão da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Para promover a integração das forças. Em casos reais, por exemplo, o Corpo de Bombeiros, Samu e polícias sabem o que fazer. Mas, a integração entre eles é um desafio no mundo. O projeto coneçou com o envolvimento de todas as forças, inclusive Interpol e outra forças internacionais. Aconteceu um grande simulado e foi histórico. Com isso nos deu assento na Interpol como um exemplo a ser seguido de Feira de Santana para o mundo. Esse projeto se repetiu em 2015, 2016 e em 2018 o evento voltará a contecerem Feira de Santana em agosto. Teremos agora o maior treinamento da história mundial. Virão 15 países, entre EUA e Japão. Será referência para as olimpíadas 2020 no Japão”, afirmou.
Jeidson relatou que fica feliz de ver a experiência de Feira de Santana sendo apresentada a nível mundial e a expectativa para o simulado esse ano é de 3 mil pessoas. Representantes de vários países participarão do congressso.
“É um projeto que é de Feira de Santana, da Uefs, Bahia e Brasil. A ideia surgiu aqui. Sou da área de perícia e senti vontade de contribuir porque eu via casos que aconteceram e percebi que dava para a gente promover um treinamento na Uefs, onde eu sou professor para ajudarmos nisso. Isso aconteceu de uma forma modesta, mas ganhou um impacto internacional tão grande que o projeto está crescendo. Em 2014 tivemos aproximadamente 1.000 pessoas, no segundo evento 1.200, no terceiro 1.600 e esse agora a expectativa é 3 mil pessoas. Será o maior treinamento da história mundial em Feira de Santana e terá repercussão em todo o mundo”, salientou.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
Rodrigo Bonfim que trabalha como chefe de segurança da empresa Placo do Brasil comentou que simulados como o que foi realizado hoje e envolvem várias corporações trazem vários ganhos para a cidade. Tanto no sentido de aprendizado como para proteger a vida das pessoas.
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade
“Um evento que agrega valor e conhecimento para todos e traz boas práticas para serem reaplicadas.
Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.
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