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5 gamers mais bem pagos do mundo, segundo a Pocket

Juntos, eles ganharam R$ 52,3 milhões em 2017 disputando torneios internacionais de um único jogo: Dota 2

10/06/2018 às 12h31, Por Maylla Nunes

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O mundo dos games não é mais somente uma diversão para os adolescentes ou um passatempo para quem "nunca cresceu": hoje, há um grande perfil de gamer que está dentro deste mundo como profissão – e para ganhar muito dinheiro. São profissionais que chamam cada vez mais a atenção da mídia global pelas pequenas fortunas que juntaram apenas jogando (gaming).

Com vários troféus rumando para a casa dos milhões de dólares anualmente, as competições de games (ou e-Sports) se tornaram extremamente lucrativas. Além disso, elas têm a vantagem de não se limitar a apenas um único jogo, mas a várias franquias distintas e que sempre são atualizadas pelas produtoras.

Os games chegam a movimentar países inteiros, como é o caso do sul-coreano Sang-hyeok Lee, conhecido como "Faker". Membro do time SK Telecom Pro Gaming Team "T1", do League of Legends (LoL), ele é considerado, aos 22 anos, o melhor do mundo no game. Em seu país, o chamam de "rei" ou "deus" – apelido que ele já admitiu ser de sua preferência.

O salário atual dele não é divulgado pela equipe, mas se especula que gira em torno de US$ 2,5 milhões (R$ 9,1 milhões, segundo a cotação de maio) por ano – quase o dobro do que ganha o jogador de beisebol Kim Tae-Kyun, o atleta mais bem pago da Coreia do Sul (US$ 1,4 milhão – R$ 5,1 milhões), que joga pelo Hanwha Eagles, da liga local.

Os jornais sul-coreanos ainda afirmam que ele pode ganhar ao menos US$ 800 mil (R$ 2,9 milhões) por cada vitória, além dos valores que recebe por propagandas de uma variedade de produtos – de cadeira gamer a carros.

Em janeiro deste ano, o Pocket, site especializado em games nos Estados Unidos, produziu uma lista com os atletas de e-Sports mais bem pagos do mundo e, para a surpresa dos leitores, o sul-coreano Faker não está nem entre os cinco primeiros:

5. Lasse Urpalainen (Matumbaman) – Finlândia

Segundo o Pocket, o quinto salário mais alto do mundo em e-Sports é do finlandês Lasse Urpalainen, de 22 anos, conhecido no mundo virtual como “Matumbaman”. Ele é um dos melhores jogadores do planeta em Dota 2, um game que saiu das "entranhas" de um clássico, o Warcraft, e que é muito parecido ao League of Legends: uma arena de batalha entre criaturas que lutam para dominar as bases umas das outras.

O Dota 2, produzido pela estadunidense Valve Corporation, aliás, é o jogo que mais distribui dólares aos gamers no globo. Segundo o site, “Matumbaman” ganha cerca de US$ 2,8 milhões anuais (R$ 10,2 milhões). Ele começou a fazer seu nome na área em 2014, quando venceu o torneio Assembly Summer demonstrando extrema habilidade mecânica e um grande talento no game.

Em 2015, ele foi contratado pela equipe holandesa Team Liquid e dominou, enfim, o Dota 2, sendo a sua estrela durante todas as competições organizadas no ano seguinte. No ano passado a equipe – e “Matumbaman” – chegou ao seu auge, vencendo o torneio The International, em Seattle, nos Estados Unidos, uma das etapas mais prestigiadas do circuito.

4. Ivan Ivanov (MinD_ContRoL) – Bulgária

Também com 22 anos, o búlgaro Ivan Ivanov começou a sua carreira em 2014 competindo com o mesmo nome, “MinD_ContRoL”, em vários games online. Logo foi requisitado por equipes distintas e foi fazendo seu nome nos torneios até escolher o Dota 2 e ser selecionado pela holandesa Team Liquid já no ano seguinte. Segundo a Pocket, ele ganha alguns milhares de dólares a mais que “Matumbaman”, arrecadando US$ 2,8 milhões (R$ 10,2 milhões) ao final de cada temporada.

3. Saahil Arora (UNiVersE) – Estados Unidos

O único estadunidense da lista da Pocket é Saahil Arora, o principal jogador do time malaio Fnatic, de Dota 2. Conhecido como “UNiVersE”, ele nunca ficou abaixo dos 10 primeiros colocados nas competições que disputou desde que começou a carreira.

Mais velho que os demais – tem 28 anos -, é chamado pelo Liquipedia, uma espécie de Wikipedia dos gamers, de "veterano". De fato, ele já atuou por várias equipes (Team Secret, Team Dignitas, Quantic Gaming, It's Gosu e-Sports, Ez Style e Online Kingdom), apesar de ter uma longa relação com o Evius Geniuses – para onde retornou três vezes na carreira. Saahil Arora recebe US$ 2,9 milhões (R$ 10,5 milhões) anualmente.

2. Amer Barqawi (Miracle) – Jordânia

O segundo jogador de e-Sports mais bem pago do mundo é também um dos mais jovens de todos os tempos: nascido em junho de 1997, ele vai fazer 21 anos neste mês. Assim como “Matumbaman” e “MinD_ContRoL”, ele é um dos jogadores do time holandês Team Liquid. "O TL é, em uma comparação que os gamers não vão gostar, o Barcelona dos e-Sports", comenta o estudante Gabriel Mendes, que joga League of Legends (LoL).

Miracle possui duas cidadanias, a jordaniana e a polonesa, pois vive no país europeu. Ele fez seu nome no Dota 2 vencendo vários torneios jogando sozinho e criando um estilo próprio que chamou a atenção da equipe holandesa em 2016. Segundo a Pocket, seus ordenados anuais chegam a US$ 3 milhões (R$ 11 milhões).

1. Kuro Takhasomi (KyroKy)

O jogador mais bem pago do mundo de e-Sports também tem uma boa história para contar: filho de imigrantes iranianos, nasceu na Alemanha em 1992 com uma doença nas duas pernas que o impediu de caminhar normalmente. Por causa disso, cresceu praticando apenas atividades que podiam ser feitas com os braços, como os jogos. "Foi muito difícil, porque quando se é jovem há muita energia para praticar esportes, correr, caminhar, e eu não podia fazer nada disso", contou ele em um pequeno perfil disponível no Youtube.

"Ele era extremamente quieto e estava sempre acompanhado de algum amigo que jogava esses games", continuou o pai de KuroKy no mesmo vídeo. "Ele começou com o Nintendo, passou pelos outros consoles… a mãe dele sempre dava dinheiro para comprar as fitas", completou.

Quando a Team Liquid, sua equipe, venceu o The International, em Seattle, no ano passado, ele foi o responsável por erguer a taça. Está à frente dos demais membros da equipe em todas as fotos. A explicação: "seu desempenho foi estelar", afirma a página dele do Liquipedia. "Eu amo competir. É minha paixão, meu hobby, é meu amor de várias formas", disse ele em uma entrevista.

No ano passado, segundo a Pocket, foi recompensado: embolsou US$ 3,4 milhões (R$ 12,4 milhões) e se tornou o jogador de e-Sports mais bem pago do mundo. 

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