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Existe o diabo?

A Bíblia afirma: o diabo é um ser bem real, existe.

22/05/2018 às 09h23, Por Maylla Nunes

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Não duvide! Essa figura tão temida que, segundo crenças populares, nem deve ter seu nome pronunciado, existe! Há quem ache mais seguro referir-se ao demônio como o cão, o renegado, o coisa-ruim, o sujo, o capeta e outros eufemismos. A Bíblia afirma: o diabo é um ser bem real, existe.

DE FATO, o diabo (“aquele que divide”, em grego) ou satanás (“o adversário”, em hebraico) não desapareceu das crenças cristãs. Satanás, segundo a Bíblia, tende personificar todo o mal, nas suas múltiplas formas: amor próprio, egoísmo, sensualidade, ódio, corrupção, cólera, avareza, inveja, ciúme, ganância, orgulho e muitos outros vícios.

REPRESENTADO de muitas maneiras, como um homem de chifres, com rabo, cascos de cabra e com uma forca ou como um anjo com grandes asas de morcego, o demônio é um ser inteligente e tentador, que induz as pessoas a praticarem o mal. Astucioso, sempre quer nos persuadir que ele não existe. Pedro, por sua vez, o apresenta como um leão esfomeado que ronda sem cessar as pessoas, buscando a quem devorar. “Resisti-lhe, firmes na fé”. (Pedro 5, 8-9).

UM DOCUMENTO de 40 páginas, publicado pelo cardeal Dioigi Tettamanzi, intitulado “O Grande Tentador” explica, com palavras simples, quem é o demônio e como enfrentá-lo. O conteúdo do livro é sintetizado em dez pontos: Não duvidar que o diabo existe; Não duvidar que ele é tentador e que todos somos vulneráveis; Não esquecer que ele é muito inteligente e astuto; Ser vigilante e forte contra os espíritos do mal.
 

O DECÁLOGO prossegue afirmando que é necessário crer firmemente na vitória de Cristo sobre o tentador; Recordar que Jesus nos faz participantes de sua vitória através dos sacramentos e dos sinais sacramentais, como a água benta; Escutar a palavra de Deus; Admitir a própria fragilidade; Evitar o caminho do egoísmo e confiar no Senhor; Rezar sempre.

É BOM LEMBRAR que o pecado – mais que o diabo – é uma realidade em nossa vida. O próprio apóstolo Paulo afirma: “Vejo o bem que quero fazer e não faço, vejo o mal que não quero fazer e faço” (Rm 7,19). É a ambigüidade humana. Mas Deus é maior que nossos pecados. A última palavra da história não será do mal, mas do bem, porque Jesus ressuscitou e Ele é o caminho, a verdade e a vida.

Dom Itamar Vian
Arcebispo Emérito
[email protected]
 

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