Saúde

Doenças respiratórias têm sintomas semelhantes; especialista esclarece dúvidas

Ela ainda falou sobre a importância da vacinação e sobre a limitação do público-alvo durante a campanha.

15/05/2018 às 11h45, Por Maylla Nunes

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Milena Brandão

A Influenza H1N1, denominada na prática como gripe, é uma infecção aguda do sistema respiratório. A H1N1 e a H2N3 pertencem ao grupo da Influenza A. Em entrevista ao programa Acorda Cidade, a médica pediatra infectologista Normeide Pedreira esclareceu dúvidas sobre a doença e a vacina.

As letras e números resultam de uma combinação de proteínas do vírus influenza, que sofre mudanças todos os anos. A letra H é a inicial do nome de uma proteína e a letra N de outra proteína e os números referem-se às mutações.

De acordo com Normeide Pedreira, os vírus de doenças respiratórias são muitos e são transmissíveis, por isso as pessoas tem dificuldade para identificar. “Quando estamos com tosse, com nariz entupido, nem sempre estamos gripados ou com influenza. Podemos estar resfriados, ter uma rinite, sinusite. São várias doenças respiratórias que têm sintomas semelhantes”, reforçou.

Resfriado e gripe não são a mesma coisa. “O resfriado tem um quadro mais leve, que não impede você de manter a sua rotina. A gripe ou a influenza te deixa acamado, incapacitado. Os sintomas são nariz entupido, tosse, espirro e secreção nasal, mas o que caracteriza a doença grave é a dificuldade na respiração provocando a necessidade de oxigênio e extremidades rochas (lábios e mãos, por exemplo)”, explicou.

Vacina

Existem duas vacinas para combater as influenzas: a Trivalente, que protege contra a H1N1, a H2N3 e contra um tipo de influenza B. A Trivalente está sendo distribuída pelo Ministério da Saúde e está disponível também em algumas clínicas particulares. E a Quadrivalente ou Tetravalente, disponível apenas na rede particular, que além da influenza H1N1 e H2N3, contempla dois tipos de influenza B.

O vírus Influenza sofre mutações todos os anos. Assim, a formulação dessas vacinas é definida pela Organização Mundial de Saúde, que elabora a fórmula ideal a partir dessas mudanças e envia para os laboratórios produtores. Além disso, também por causa da mutação do vírus, a imunização dura um curto espaço de tempo. Dessa forma, a vacinação deve ser anual.

Segundo a médica infectologista, o momento ideal para tomar a vacina é na entrada do outono. “Entre 10 e 14 dias, o paciente estará protegido”, informou. “Não são comuns complicações causadas pela vacinação. A vacina é feita de vírus morto, portanto é incapaz de causar adoecimento”, ressaltou.

Ainda no processo de produção da vacina, é utilizada a clara do ovo. De acordo com Normeide Pedreira, a alergia ao ovo deve ser bem avaliada antes de o paciente tomar a vacina. “Se a pessoa tem uma alergia grave, o mais correto é passar por uma avaliação médica para saber se pode tomar a vacina ou não. Caso possa, a vacinação deve ser supervisionada por um médico com equipamento capaz de bloquear uma reação alérgica grave”, alertou.

Campanha de Vacinação

A limitação de vacinação tem sido alvo de críticas pelo público. De acordo com a médica Normeide Pedreira, a população é grande e não há um quantitativo suficiente. “Então o governo limita para aquelas pessoas que tem um maior risco de adquirir e transmitir e que tem também maior risco de complicações, como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas, diabetes, cardiopatias e neuropatias, por exemplo. (…) Inclusive, a OMS foi muito feliz em incluir profissionais de saúde e professores, que estão mais suscetíveis em adquirir e transmitir também”, afirmou.

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