Feira de Santana

Vendedores ambulantes fazem protesto na Avenida Getúlio Vargas e JJ Seabra

O trânsito ficou parado, e agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) se dirigiram ao local para tentar reordená-lo.

02/04/2018 às 10h43, Por Kaio Vinícius

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Laiane Cruz

Vendedores ambulantes realizaram uma manifestação na manhã desta segunda-feira (2), na Avenida Getúlio Vargas, em frente à praça de alimentação, e na Rua J J Seabra, em Feira de Santana. Eles fecharam as vias com caixotes, carrinhos de mão carregados com frutas e verduras e pallets de madeira.

O trânsito ficou parado, e agentes da Superintendência Municipal de Trânsito (SMT) se dirigiram ao local para tentar reordená-lo.

De acordo com o vendedor ambulante, Bruno Pereira, a manifestação aconteceu devido à ação de um policial militar, que tentou apreender as mercadorias dos ambulantes, no início da manhã, e deu coronhadas em um adolescente de 16 anos, levando-o em seguida, junto com a mercadoria dele, em uma viatura.

“O que aconteceu aqui em frente à Receita Federal foi que um dos chefes do rapa chegou hoje de manhã querendo levar a mercadoria de um menino, menor de idade, colocou uma pistola na cabeça dele. Ele queria levar a mercadoria e falou que não quer nenhum de nós aqui trabalhando. A gente vive disso aqui. Eu vendo aipim. Ele só não apreendeu porque a gente não deixou e estamos fazendo essa manifestação aqui. Levou o rapaz preso, algemado, um menino de 16 anos. Foi no fundo da viatura como se fosse um marginal”, informou o ambulante.

Outro vendedor ambulante, Evanildo Santana, afirmou que a ação ocorreu de modo brutal e totalmente ilegal.

“Uma coisa é a fiscalização da prefeitura, em nome do rapa, chegar e pedir ao pessoal educadamente que saia. Outra coisa é um rapaz concursado, trabalha para o estado, não pode fazer bico, e foi contratado pela prefeitura através de alguém que coordena a parte de fiscalização, pra armado, coibir e constranger as pessoas. Ele deu coronhada na cabeça do rapaz. O clima ficou tenso e não pudemos falar nada, pois somos cidadãos comuns, desarmados e humilhados pelo estado, em nome do município”, protestou Evanildo.

O vendedor de água mineral, Ezequiel de Jesus, também reclamou da situação. “Eles perseguem e não deixam a gente trabalhar. A gente não pode ficar parado, tem que ficar rodando. Eles não respeitam ninguém, querem bater, e isso é muito errado”.

Procurada pela reportagem, a prefeitura municipal, através do secretário deTurismo, Trabalho e Lazer, Antônio Carlos Borges Júnior, informou que a Guarda Municipal está responsável por retirar os vendedores ambulantes da Avenida Getúlio Vargas. Segundo ele, houve um tumulto e a Polícia Militar foi chamada, e que por esse motivo o adolescente foi conduzido à delegacia.

O secretário municipal de prevenção à violência Pablo Roberto esteve no local da manifestação dos ambulantes para tentar negociar a desobstrução das vias. O trânsito ficou bloqueado por quase três horas.
Segundo Pablo Roberto, não existe uma legalização para as pessoas utilizarem as calçadas para negociar seus produtos. Os ambulantes questionam muito a ação do rapa e querem pleitear a legalização do comércio ambulante.

Ele disse que será formada uma comissão para discutir a situação dos ambulantes e que a revitalização o centro comercial vai passar pela revitalização através da construção do Shopping Popular.

“Já assumimos o compromisso de uma comissão para discutir com a secretaria competente. A relação com o pessoal que trabalha na rua tem sido sempre uma relação um pouco conflituosa. Exatamente por conta do uso indevido e irregular do solo da cidade. Estamos conversando com eles, tentando fazer com que possam entender que alguns espaços não tem jeito”, declarou.
 


 

Com informações e fotos do repórter Paulo José do Acorda Cidade.

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