Polícia aguarda laudos de exames periciais do corpo da adolescente Bruna Santana

^{Rachel Pinto}

O delegado Fabrício Linard, titular da Delegacia de Homicídios de Feira de Santana, aguarda os resultados de outros exames periciais do corpo da adolescente Bruna Santana, de Serra Preta. Ela desapareceu no dia 18 de fevereiro, em Feira de Santana, após sair do Shopping Boulevard, e foi encontrada morta dentro de sacos de ração animal em um terreno baldio localizado no bairro Jardim Cruzeiro.

Os suspeitos de envolvimento no crime foram presos no dia 23 de fevereiro e, segundo Fabrício Linard, houve a prorrogação das prisões temporárias deles por conta da necessidade de ampliação do prazo para concluir as investigações.

De acordo com ele, a polícia não pode adiantar informações para a mídia, sociedade e familiares da garota para não atrapalhar as investigações. No entanto, acredita que a participação dos suspeitos no crime é 100% afirmativa.

“A investigação aponta para a participação deles dois e se eu tivesse alguma dúvida ela teria sido esclarecida nesses 30 dias ou será nos próximos dias que estão por vir. Tudo é uma questão de estratégia. Temos uma estratégia de investigação para esclarecer. A defesa tem a estratégia também para defender seus clientes e lógico que elas são antagônicas”, afirmou.

Fabrício Linard relatou que o caso do assassinato de Bruna é muito complexo e tem muitos detalhes. Foi montada uma equipe com três investigadores e um chefe do serviço de inteligência. Sobre o resultado dos exames periciais, ele informou que espera o resultado dos laudos, inclusive do exame físico descritivo dos sacos de ração animal que foram encontrados no local onde estava o corpo da adolescente e também na casa de familiares dos suspeitos.

“Isso tudo é um conjunto e pra todo mundo ter ideia é um quebra-cabeças imenso. Faltam algumas peças. Com fé em Deus vamos poder divulgar o que aconteceu no caso como um todo”, concluiu.

O advogado Guga Leal, constituído pela família do suspeito Eric Pereira Maciel, informou que soube no sábado (24) sobre a prorrogação das prisões e que ainda não teve acesso aos autos. Ele destacou que tanto o seu cliente como o outro jovem alegam não ter participação no crime.

“Eles são totalmente contundentes com as versões. Eric continua afirmando que não conhecia a garota e não tinha participação nesse crime. É uma injustiça para dois jovens que estão custodiados na delegacia”, declarou.

Após a prorrogação da prisão temporária, a justiça pode decretar ainda a prisão preventiva ou a soltura dos suspeitos.

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Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.