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CPLP espera que todos os cidadãos da comunidade tenham acesso a água até 2030

A CPLP engloba Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

17/03/2018 às 15h04, Por Maylla Nunes

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Agência Brasil – O diretor de cooperação da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Manuel Clarote Lapão, afirmou que, com a participação no 8° Fórum Mundial da Água (FMA), espera que o tema seja consagrado na agenda comunitária e que, até 2030, a água seja um ativo disponível a todos os cidadãos dos países que compõem o grupo. A CPLP engloba Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.

De acordo com o representante, a transversalidade do fórum permite que a agenda técnica possa ser também política. "A água é um recurso absolutamente essencial para a vida na Terra. Portanto, nós temos que fazer todos os esforços enquanto comunidade, no diálogo interno com nossos Estados-membros, mas também com outros parceiros internacionais, para que essas medidas possam ter um impacto prático na vida cotidiana e não fiquem em grandes declarações internacionais", disse em entrevista à Agência Brasil.

Cabo Verde

Em relação aos desafios da água nos países da CPLP, Cabo Verde, por exemplo, é um país formado por ilhas e que vive uma seca extrema. A situação é tão grave que foi declarada escassez hídrica na Ilha Santiago e situação de estresse hídrico em outras ilhas do país.

"A participação [da CPLP no fórum] pressupõe um espaço de debate político de acessos aos recursos, de um recurso que é público e que todos devem ter acesso. Sempre levando em consideração que os processos políticos de tomada de decisão devem envolver também os mais desfavorecidos, os jovens, as mulheres, as populações rurais, os mais vulneráveis, e que são também atores fundamentais na gestão desses recursos naturais", afirmou Lapão.

Para ele, o fato de o 8º Fórum Mundial da Água ser realizado no Brasil é muito importante, principalmente do ponto de vista geoestratégico. "Representa o reconhecimento de um espaço que é hoje muito importante. É a primeira vez que se faz este tipo de evento no Hemisfério Sul".

Lapão citou também a presidência rotativa da CPLP, exercida atualmente pelo Brasil, e que está alinhada com a Agenda 2030 das Nações Unidas para o desenvolvimento sustentável.

"Temos um objetivo que é muito claro, que visa garantir a disponibilidade e a gestão sustentável da água até 2030. E essa é uma temática que está no domínio dos direitos humanos, que contribui também com a redução da pobreza. É um momento transversal da agenda até pelos impactos que tem na ciência, na tecnologia, na educação, na saúde, na alimentação", afirmou.

O representante disse que, de maneira prática, espera-se que o fórum estimule ainda mais o compromisso de partilha de boas práticas entre os Estados-membros da CPLP.

Agenda

De acordo com a assessoria de imprensa da CPLP, a secretária-executiva da Comunidade, Maria do Carmo Silveira, estará presente no 8º Fórum Mundial da Água e participará do "Encontro dos Responsáveis da Regulação dos Serviços de Água Ibero-Americano e da CPLP", previsto para 20 de março, no Pavilhão de Portugal.

Haverá ainda, no dia 21 de março, um evento denominado “Construindo pontes entre a abordagem Ecohidrológica da UNESCO-PHI, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e a Organização dos Estados Ibero-Americanos: pesquisa, educação e capacitação para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”. Na ocasião, os Estados-membros farão uma Declaração Conjunta da CPLP para ser apresentada no dia 22 de março, em sessão especial.

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