Saúde

Ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal é o exame indicado para diagnosticar a endometriose

O exame permite a identificação precisa dos focos de endometriose.

18/01/2018 às 09h20, Por Kaio Vinícius

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Um estudo realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) revela que cerca de 180 milhões de mulheres no mundo sofrem de endometriose. No Brasil, a doença afeta de 10% a 15% das mulheres em fase reprodutiva, ou seja, em torno de 7 milhões de pessoas. Segundo a Sociedade Brasileira de Endometriose, o diagnóstico tardio representa uma das maiores dificuldades no manejo clínico da doença, podendo levar de sete a 11 anos entre o início dos sintomas e sua descoberta.

Para a Dra. Luciana Pardini Chamié, especialista em diagnóstico por imagem da pelve feminina e diretora da Chamié Imagem da Mulher, centro de diagnóstico especializado em imagem da mulher, por intermédio de um diagnóstico correto e precoce, o tratamento pode fazer a diferença na qualidade de vida de quem tem a doença. “A ultrassonografia transvaginal com preparo intestinal é o exame de primeira linha recomendado para investigar a doença, com ele é possível a identificação das lesões ocasionadas pela endometriose nos diversos sítios comprometidos. O preparo intestinal contribui para aumentar a acurácia do método. Por isso, é de extrema importância para detectar a doença e determinar as estruturas comprometidas, além do grau de infiltração”, comenta.

O exame permite a identificação precisa dos focos de endometriose em regiões como ovários, bexiga, no espaço entre o útero e a bexiga, na região atrás do colo uterino (local mais frequente da doença), no intestino grosso (retossigmóide), na vagina, e em outros segmentos intestinais presentes na pelve tais como ceco, alças de intestino delgado e apêndice. Quando há comprometimento do intestino pela endometriose, esta ultrassonografia é superior aos demais métodos (tomografia computadorizada, ressonância magnética e colonoscopia) para a identificação de múltiplos focos.

Além disso, possibilita a pesquisa de aderências entre as estruturas comprometidas. A incorporação da tecnologia 3D aos exames possibilita a obtenção de imagens em diferentes planos anatômicos, facilitando a compreensão dos achados e auxiliando na programação pré-operatória.
 

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