Feira de Santana
DRFR escolta ônibus e prende segundo acusado de matar funcionária dos Correios
Ele nega que matou a aposentada e acusa o pedreiro Edmilson Macedo de Sena, que foi preso na manhã da última terça-feira (16).
18/01/2018 às 08h08, Por Andrea Trindade
Andrea Trindade
O segundo acusado de roubar e matar a funcionária aposentada dos Correios Rosimeire Costa da Cruz, 52 anos, foi preso por volta das 4h desta quinta-feira (18), ao descer de um ônibus da empresa Gontijo, na Avenida Rio de Janeiro, no bairro Pedra do Descanso, em Feira de Santana.
O ajudante de pedreiro Jonas de Jesus Marques foi preso por policiais civis da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), que escoltaram o ônibus, com um mandado de prisão, desde a cidade de Milagres. Os policiais obtiveram a informação de que o acusado retornaria de São Paulo para buscar a esposa.
Jonas nega que matou a aposentada e acusa o pedreiro Edmilson Macedo de Sena, 41 anos, conhecido como “Pastor”, que foi preso na manhã da última terça-feira (16). Ao ser preso, Edmilson também negou ter matado Rosimeire e atribuiu a Jonas a autoria do assassinato.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade (Arquivo)
Rosimeire foi encontrada morta no início da noite da última quarta-feira (10) pelo irmão, que estava sem notícias dela desde o dia 8. O corpo foi encontrado em estado de putrefação no banheiro da casa da aposentada, localizada na Rua Pilar do Sul, no bairro Brasília. (Relembre aqui)
Jonas disse ao Acorda Cidade que foi para São Paulo sabendo que teria que voltar para ser interrogado e que a esposa dele queria morar no outro estado para trabalhar. Ele narrou uma versão diferente da que foi contada por Edmilson.
“Eu não matei a mulher. Ele mandou eu lavar a pá e a enxada e ele entrou lá para dentro da casa e depois ele veio apavorado dizendo que a gente tinha que pegar ela, se não ela iria virar lá dentro. Esse negócio de virar é matar, entendeu? Aí eu não tive opção e peguei ela pelo braço e quando eu cheguei lá ela estava pálida, no chão, com o fio pendurado no pescoço. Eu chorei, e disse para ele que é louco, que ele é maníaco, que é bicho. Tenho muitas coisas para me defender, tem digitais lá. Eu sou inocente. Ele disse que queria dinheiro. Ela estava deitada na sala, jogada, toda roxa e ele disse que eu teria que pegar ela [para levar para o banheiro], se não me matava. Ela estava sem respirar, eu não vi nada, nem ouvi a voz dela gritando”, disse.
A versão do outro acusado
Edmilson foi preso na casa onde reside, no Residencial Alto do Rosário, no bairro Conceição. De acordo com o delegado Laércio Santos, da DRFR, a polícia chegou até ele após diligências iniciadas depois que os investigadores encontraram, na residência da vítima, um recibo de dízimo em nome do acusado. Na casa do pedreiro a polícia encontrou a televisão e os aparelhos de som roubados de Rosimeire.
Foto: Aldo Matos/Acorda Cidade (Arquivo)
“A gente estava trabalhando na segunda-feira (10), por volta das 15h30, e Dona Rosa pediu para jogar um fogão velho fora, que era de um antigo inquilino. Fui jogar o fogão branco lá fora e quando retornei eu pedi para Jonas colocar a massa no andaime. Ele me ajudou a subir no andaime porque era alto, e ele entrou na casa. Ele ficou conversando com ela, demorou um pouco e ele voltou dizendo que fez uma merda e que eu estava envolvido até o tutano. Me desesperei, não vi como ele a matou, eu o conhecia há pouco tempo. Eu estou envolvido porque foi eu que o levei para trabalhar lá, mas eu não sou envolvido com nada, pode puxar minha ficha”, disse o acusado ao Acorda Cidade.
Questionando sobre os pertences da vítima encontrados na casa dele, o acusado disse que foi pressionado a guardar pelo ajudante. "Eu estou até agora sem entender direito tudo o que aconteceu. Ele disse que não queria que a mulher dele soubesse e pediu para eu guardar, que depois buscaria. Ela foi morta na segunda-feira de tardezinha. Estou envolvido porque eu que levei ele para lá, mas eu não matei", enfatizou informando que trabalhou com Jonas por cerca de quatro dias.
O carro de Rosimeire, um Kia Soul branco, foi encontrado na última sexta-feira (12), próximo à casa de Edmilson.
Por que pastor?
Questionando se era pastor Evangélico, Edmilson negou. “Eu não sou mais crente”, declarou. O delegado disse ao Acorda Cidade que o acusado informou que era pastor em São Paulo e que frequentava uma igreja evangélica em Feira, e ganhou esse apelido aqui, apesar de não ser mais pastor.
Leia também:
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Mulher é encontrada morta dentro de casa; vítima foi estrangulada
Com informações do repórter Aldo Matos do Acorda Cidade.
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