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Dona de casa se desespera ao ver água invadir sua residência durante chuva em Feira de Santana

Ruas no bairro Gabriela alagam quando chove e casas são invadidas pela lama.

18/01/2018 às 06h46, Por Andrea Trindade

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Paulo José e Rachel Pinto

A dona de casa Analice Silva Campos, de 40 anos, moradora da Rua Alexandre Dumas, Parque Servilha, no bairro Gabriela, em Feira de Santana, contou ao Acorda Cidade que fica desesperada toda vez que chove na cidade. Ela teme perder móveis e eletrodomésticos. Segundo ela, a água já invadiu sua casa cerca de quatro vezes e cada vez que chove ela fica preocupada.

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

A última vez que dona Analice passou por momentos de preocupação e tristeza foi na quarta-feira da semana passada, dia 10 de janeiro, quando choveu bastante em Feira de Santana. A água mais uma vez invadiu a sua casa e junto com a lama chegou a alcançar cerca de 40 centímetros de altura. Familiares da dona de casa registraram o momento através de um vídeo e enviaram o material para o Acorda Cidade.

Nas imagens a água suja entra na casa e escorre de frente a fundo. A pequena contenção feita de blocos no portão da casa é insuficiente para impedir que a água entre na residência e é possível ver que a casa fica toda alagada. Parentes tentam salvar os móveis e dona Analice começa a gritar e a chorar de desespero ao ver seus móveis e pertences, mais uma vez, sendo estragados pela chuva.

“Foi a quarta vez que aconteceu isso. Mas a chuva que deu quarta-feira da semana passada foi a pior. Eu já perdi rack, guarda-roupa, cama. Já perdi tanta coisa e cada vez que chove eu fico desesperada com medo de não conseguir salvar minhas coisas a tempo”, relata.

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

A reportagem do Acorda Cidade foi até a casa da moradora após receber o vídeo. Mais tranquila, ela disse que no domingo, parentes construíram mais uma contenção de blocos no passeio da casa, com o objetivo de prevenir outras perdas. De acordo com ela, todas as casas da rua sofrem o prejuízo quando chove muito. No entanto, a sua residência é a mais afetada.

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

Ela contou que o problema ocorre porque na rua não tem calçamento. As águas acumulam na terra e acabam escorrendo para as casas. Um esgoto também está entupido e corre no meio da rua. A moradora relatou que há cerca de quatro anos a prefeitura esteve no local, prometeu o calçamento e inclusive uma construtora doou um espaço para que o problema do esgoto entupido pudesse ser resolvido e fosse realizada uma obra para conter os alagamentos na rua.

“Eu creio que quando calçar aqui vai melhorar a vida da gente. A prefeitura prometeu resolver esses problemas aqui, mas até agora não foi feito nada. Aqui é um bairro muito esquecido. Quando é água que entra ainda é bom. Pior é quando escorrem as fezes do esgoto para dentro de casa. É um mau cheiro horrível, ninguém aguenta. Faz até medo a gente pegar uma doença. Essa água chega a dar na canela e invade tudo, molha e estraga tudo que a gente tem. Até agora eu estou rouca de tanto gritar, passei mal de ver que eu podia perder tudo que temos, tudo conquistado com tanto suor”, disse.

Não pode sair de casa

Dona Analice observou ainda que ao ver qualquer sinal de chuva no céu, aonde estiver, tenta logo voltar pra casa. Não pode sair, nem viajar para deixar a casa só, pois teme voltar e encontrar tudo estragado. Já houve vezes de chover durante a noite e a família acordar, se levantando da cama e já sentindo a água molhando os pés.

Solidariedade

Foto: Rachel Pinto/Acorda Cidade

A solidariedade dos vizinhos é o que sempre fortalece a amizade e ajuda a salvar alguns objetos. Quando acontece da água invadir, os moradores correm para ajudar a dona de casa. “Minha salvação são os vizinhos. Me ajudam a carregar as coisas. A gente coloca tudo para cima, tira o que pode com muita rapidez. Eles também me ajudam a lavar a casa e tirar a lama. É triste a gente ver tudo que tem se estragar. Semana passada aqui eu não via nem a cor do piso, era só barro e lama”, completou.

A reportagem do Acorda Cidade entrou em contato com o secretário municipal de desenvolvimento urbano, José Pinheiro, e ele informou que vai mandar uma equipe ao local para verificar o problema.

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