Educação

Escola Obra Promocional de Santana não faz novas matrículas e pode encerrar as atividades em 2019

De acordo com a diretora, Márcia Barbosa Gonzaga, a notícia pegou todos de surpresa.

16/01/2018 às 15h51, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso

A Escola Obra Promocional de Santana, que funciona há 45 anos em um prédio na Avenida Maria Quitéria, em Feira de Santana, pode encerrar as atividades em 2019. A instituição funciona através de um convênio entre o Estado e a Catedral de Santana, que é a proprietária do prédio, não houve a renovação do comodato e a escola está sem poder fazer novas matrículas este ano.

Leia também:Pais, alunos e professores fazem manifestação e Obra Promocional deverá retomar matrículas

De acordo com a diretora, Márcia Barbosa Gonzaga, a notícia pegou todos de surpresa. Ela disse que ficou sabendo através do Núcleo Regional de Educação (NRE19) na segunda-feira (15) e nesta terça fez uma reunião com os professores para falar sobre o assunto.

“Tive a informação que a escola este ano não vai ser mais posto de matrícula e não poderemos mais ofertar vagas para matrícula de novos alunos. Vamos funcionar apenas com alunos já matriculados na casa. O prédio pertence à igreja, através de um termo de convênio, que era assinado com validade até maio de 2019, mas que não foi renovado e em função disso a escola não vai poder funcionar, já que o prédio não pertence à escola. Não sei por que o comodato não foi renovado”, informou.

Ainda segundo a diretora, a escola tem capacidade para mais de 700 alunos, mas sem a possibilidade de novas matrículas, deve funcionar este ano com uma média de 500. Márcia Barbosa Gonzaga informou que sem as novas matrículas, seis turmas serão fechadas este ano.

“As turmas fechadas serão principalmente do 6º ano. Vamos funcionar com apenas 18 turmas, o que não abriga todos os professores, enquanto carga horária. Estou tomando as providências para comunicar a todos. Alguns pais já começaram a me procurar para a matrícula e estão muito tristes com essa informação, assim como todos os professores. O estado tem outras escolas no entorno que podem abrigar os alunos da Obra Promocional”, disse.

O professor de inglês, Edson Pereira, falou sobre o impacto social com o fechamento da escola. Ele destacou que o impacto será grande para os professores e também para os alunos.

“Os professores ficam sem saber para onde vão, já que o período de remoção já foi finalizado. As coisas foram comunicadas repentinamente, isso é muito ruim e a gente espera que as partes sentem e resolvam isso o quanto antes. Imagine uma instituição muito requisitada na comunidade, com quase meio século de vida, muito respeitada, com professores comprometidos, um espaço físico muito bom e fechar assim”, lamentou.

Rita Isabel Marques Pires, que representa o colegiado, informou que pretende chamar a comunidade e o colegiado para conversar sobre a situação. Ela também se mostra preocupada com a situação dos professores, que não terão como completar a carga horária.

“O NRE não tem autorização para resolver nada, pois não recebeu nenhuma comunicação do estado. Algumas séries não estão sendo feitas as matrículas. Os alunos que são repetentes, por exemplo, no 5º ano, vão ter que ir para outras escolas. O impasse está entre a igreja e o estado. Se o estado não quiser alugar, vai ter que tomar outra posição, alugar outro prédio”, afirmou.

Claudia Andrade, também representante do colegiado, lamentou a situação e disse que pretende fazer uma reunião para tentar reverter a situação.

“É uma escola de tradição, que acolhe a comunidade ao redor, então é uma coisa muito ruim. A escola também acolhe alunos de outras localidades, temos bons professores e vamos unir os pais, representantes da igreja, do estado para tentar reverter essa situação”, disse.

Até o momento a produção do Acorda Cidade não conseguiu falar com o responsável pelo prédio onde funciona o colégio.

Manifestação

A APLB Feira informou que está convocando a comunidade do bairro Brasília e adjacências, pais e estudantes, e os trabalhadores em educação para participar de uma manifestação contra o fechamento da escola. O ato está previsto para acontecer na próxima quinta-feira (18), a partir das 7h30, em frente a escola.

Com informações do repórter Ed Santos do Acorda Cidade.

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