Cobrança de estacionamento: consumidores ameaçam diminuir idas ao shopping

^{Daniela Cardoso}

Atualizada às 21h

A cobrança do estacionamento do Boulevard Shopping, em Feira de Santana, que estava prevista para ser iniciada nesta quarta-feira (1), foi suspensa. Mas antes da suspensão ser divulgada, muitas pessoas reclamaram da medida. A reportagem do Acorda Cidade ouviu alguns frequentadores do Boulevard. A maioria disse que iria diminuir o número de idas ao shopping.

O professor José Raimundo Carneiro disse que até concorda com a cobrança, mas ele acha que deveria ter um prazo de tolerância de três horas para clientes em compras.

“Concordo, mas desde que fosse dado um prazo suficiente para as pessoas comprarem e todas que apresentassem o tíquete de compra, por exemplo, de três horas, pagava somente o excedente. Algumas pessoas vão ao shopping apenas para estacionar os carros e essas realmente deveriam pagar. Mas para quem compra, dentro do produto já tem o custo do estacionamento. Sempre venho ao shopping aos finais de semana. Com a cobrança farei o possível para não vir”, afirmou.

O comerciante Carlos Alberto diz que vai ao shopping com frenquência, cerca de quatro vezes por semana, e que também vai diminuir a quantidade de visitas ao local, caso ocorra a cobrança.

“Acho um absurdo, pois já pagamos tantos impostos. Tudo no shopping é mais caro, então não concordo. Acho que não deveria ser cobrado. Vai ser prejudicial para os comerciantes e para os funcionários que vão ter que pagar para trabalhar”, disse.

O consumidor Admilton Lourenço também defende que deveria existir um tempo de tolerância para os clientes em compras.

“Acho mais do que errado essa cobrança. Deveria ter uma tolerância de pelo menos duas horas. Acho isso uma exploração. Venho sempre ao shopping, mas com a cobrança vou deixar de vir. Vou para o centro da cidade, onde tenho mais opções. Eles estão querendo perder cliente. Isso está claro, pois o cliente não vai ficar satisfeito com a cobrança”, declarou.

O funcionário público aposentado Raimundo Costa Santos também considera a cobrança um absurdo e diz que não vê motivos para essa decisão.

“A gente vem aqui a negócio. Venho ao shopping cerca de duas vezes na semana e não demoro muito, pois venho para resolver alguma coisa. Não venho para desfilar. A maior parte das coisas que eu faço, dependo daqui, mas vou deixar meu carro do lado de fora. As autoridades deviam tomar providências e não deixar essa cobrança”, afirmou.

As informações são do repórter Ed Santos do Acorda Cidade