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Polícia investiga se morte de ex-comandante da guarda foi homicídio ou latrocínio

O delegado Laércio Santos, que presidiu o levantamento cadavérico, informou que nem mesmo o tipo de arma usada no crime foi possível identificar.

02/05/2014 às 18h38, Por Maylla Nunes

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Daniela Cardoso e Ney Silva
 
A polícia civil de Feira de Santana ainda não tem uma definição se o guarda municipal Marcus Vinicius Alves dos Santos, assassinado quando trabalhava na tarde desta sexta-feira (2), no Parque da Lagoa Erivaldo Cerqueira, foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte) ou homicídio. Veja vídeo
 
 
O delegado Laércio Santos, que presidiu o levantamento cadavérico, informou que nem mesmo o tipo de arma usada no crime foi possível identificar, porque as duas mulheres que trabalhavam com Marcus, e que também são guardas municipais, estão muito abaladas e ainda não puderam prestar depoimento. 
 
 
O delegado Laércio Santos confirmou que Marcus Vinicius foi morto com dois tiros, um no braço esquerdo e outro no lado direito do tórax, sendo que o projétil perfurou o corpo saindo na omoplata direita, no total de três perfurações.
 
De acordo com o delegado, os dois homens teriam pedido água a Marcus. Quando Marcus se dirigiu a eles levando a água, foi baleado dentro do quiosque, morrendo momentos depois. Uma equipe do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ainda foi acionada, mas chegando ao local constatou-se o óbito. 
 
O comandante da guarda municipal, Ailton Cerqueira, informou que Marcus Vinicius estava sem colete a prova de balas quando foi atingido pelos tiros, mas que havia a liberação do equipamento para ele. “Ele disse: ‘Comandante, eu preciso de um colete para ficar comigo 24 horas’ e eu autorizei um colete balístico”, afirmou. Ele lamentou a morte de Marcus Vinicius e disse que o correto era ele estar com o colete. 
 
 
Segundo Ailton, Marcus Vinicius não esboçou nenhuma reação. Ele acredita na possibilidade de uma execução por vingança, porque “as pessoas estavam com a intenção de tirar a vida dele”. Ainda de acordo com o comandante, a arma que Marcus Vinicius utilizava era de uso pessoal e foi levada pelos bandidos.  
 
O sub-tenente Edson também afirmou não saber se o crime trata-se de execução ou latrocínio, já que a arma foi levada. Ele acredita que isso pode ter ocorrido para tentar mudar a identificação do crime. 
 
“Todas as informações serão passadas para a polícia judiciária para elucidar o crime. O parque é uma área de lazer e qualquer pessoa pode entrar. Eles vieram com a intenção de praticar o ato delituoso”, afirmou. 
 
 
O secretário municipal de Prevenção a Violência, Mauro Moraes, disse que sempre reconheceu os méritos de Marcus Vinicius. Ele afirmou que é um momento de tristeza e falou sobre uma das últimas vezes em que esteve com o guarda municipal. 
 
“Ele era um guerreiro da Guarda Municipal, uma pessoa dedicada. No último encontro que nós tivemos na Micareta ele entrou em minha sala e disse que queria me agradecer pela solução que dei na questão de comando. Porque para valorizar os inspetores, criamos uma escala de sábados, domingos e feriados, onde cada inspetor assumia um plantão, e ele se sentiu extremamente valorizado. É uma perda muito grande, ele era um referencial e tinha um amor muito grande por esse parque, a ponto de comprar um cimento para consertar algo que estava quebrado”, afirmou.
 
As informações são do repórter Ney Silva, Aldo Matos e Ed Santos do Acorda Cidade

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