Feira de Santana

Filho assassinado pelo pai dizia que iria matar a família e beber o sangue, conta irmão

Segundo familiares, o jovem era dependente químico há mais de 10 anos e era muito agressivo.

27/07/2013 às 14h01, Por Andrea Trindade

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Andrea Trindade

Foi apresentado e ouvido na Delegacia de Homicídios de Feira de Santana na manhã deste sábado (27), José Rios dos Santos, 58 anos. Ele é acusado de ter matado o próprio filho com quatro facadas por volta das 17h de sexta-feira (26), durante uma briga dentro de casa, no distrito Governador João Durval (Ipuaçu), na  zona rural de Feira de Santana.


No depoimento ele alegou legítima defesa visto que o filho, Josemi Freitas dos Santos, 26 anos, teria tentado matar a própria mãe, os irmãos e o pai, conforme já noticiado pelo site Acorda Cidade. Ele chegou embriagado, quebrando tudo, e entrou em luta corporal com José, que ficou ferido no braço. 

Gabriel Freitas dos Santos (foto à direita), 20 anos, irmão de Josemi, disse ao Acorda Cidade que há várias queixas na delegacia prestadas contra a vítima, inclusive de roubo.  Ele confirmou a versão do pai na delegacia e disse que o irmão era muito agressivo.
 
“Ele falava que iria matar todo mundo e que depois iria beber o sangue. Dizia que era do mal, quando ficava drogado,  e saía agredido se não dessem dinheiro”, contou Gabriel informando também que Josemi já feriu a mãe duas vezes com uma faca e tentou matar o pai a cacetadas.
 
Após o crime José saiu da residência, onde vivem  11 pessoas da família, e foi encontrado na casa por policiais militares na manhã de hoje. Ele se apresentou a delegada e depois de ouvido foi liberado, pois não foi autuado em flagrante.
 
Em entrevista ao Acorda Cidade, a delegada Edileuza Suely Ramos explicou que não coube o flagrante, uma vez que ele não foi perseguido de maneira contínua pela polícia ou por populares após o assassinato. 
 
“Ele se apresentou espontaneamente hoje e não pode ser preso em flagrante porque a situação não se encaixa nas previsões legais, descritas para o flagrante. Ainda estamos ouvindo os familiares. O autor acaba sendo vítima também porque é o pai que matou o próprio filho e já se sente sentenciado. Será instaurado um processo, ele responderá em liberdade”, disse.
 
O jovem era dependente químico há mais de 10 anos, e de acordo com a delegada Milena Calmon, que efetuou o levantamento cadavérico, ele não tinha documento de identidade, apenas uma certidão de nascimento que ele queimou. Para liberar o corpo será necessária a segunda via da certidão. 
 
“Tudo indica que não restou outra alternativa ao pai, a não ser se defender matando o filho. A mãe e os irmãos estavam desolados. Sentido muito a destruição que a droga fez naquele lar”, ressaltou Milena Calmon. O corpo foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT).
 
Com fotos e informações do repórter Ed Santos do programa Acorda Cidade
 

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